Em um novo capítulo de suas vidas, alguns dos envolvidos em crimes que abalaram o Brasil optaram por legalmente alterar seus sobrenomes na tentativa de se afastar de suas famigeradas identidades. Entre eles está Suzane von Richthofen, que agora se apresenta como Suzane Magnani Muniz, após ser condenada pelo assassinato dos próprios pais.
A transformação de Suzane aconteceu em dezembro de 2023, quando se casou com o médico Felipe Zecchini Muniz em Angatuba, São Paulo. A decisão de mudar seu nome incluiu a adoção do nome árabe de sua avó materna, Lourdes Magnani Silva Abdalla, mantendo assim uma conexão com sua família, mas se afastando do sobrenome que a marcou na história criminal brasileira.
A Mudança de Nome de Suzane von Richthofen
Não é novidade que figuras envolvidas em crimes de alta repercussão busquem mudar seus nomes. Assim como Suzane, outros também seguiram esse caminho. Daniel Cravinhos de Paula e Silva, condenado a 39 anos de prisão pelo assassinato dos pais de Suzane, mudou seu nome para Daniel Bento Paulo e Silva após se casar em 2014 com Alyne Bento durante uma saída temporária de Natal.
Daniel e Alyne se divorciaram no ano passado, mas ele ainda mantém o sobrenome da ex-esposa em seus registros no Presídio de Tremembé. Diferentemente, seu irmão Cristian Cravinhos, que recebeu 37 anos de prisão pelo mesmo crime, rejeitou mudar seu sobrenome, afirmando orgulho do nome em homenagem ao pai, Astrogildo Cravinhos de Paula e Silva.
Por Que Alteram Seus Nomes?
Os motivos para essas mudanças de nome variam, mas geralmente se relacionam ao desejo de recomeçar longe dos rastros deixados por seus atos passados. Alterar o sobrenome frequentemente oferece uma chance de anonimato, reduzindo o estigma e as consequências sociais de serem reconhecidos por seus crimes.
Exemplos dessa prática não se limitam apenas ao caso Richthofen. Elize Araújo Kitano Matsunaga, condenada por matar e esquartejar seu marido, Marcos Matsunaga, alterou seu nome para Elize Araújo Giacomini. A mudança foi crucial à medida que tentou trabalhar como motorista de aplicativo e desejava evitar o reconhecimento por parte dos passageiros.
Os Casos de Flordelis e Outros
Flordelis dos Santos de Souza, ex-deputada federal, organizou o assassinato de seu marido Anderson do Carmo em 2019. Após a condenação pelo crime, ela tentou refazer sua vida ao lado do produtor musical Allan Soares. Para isso, removeu o sobrenome do falecido de seus documentos pessoais e voltou a usar seu nome de solteira, Flordelis dos Santos. No entanto, devido a recomendações de sua equipe de defesa, o relacionamento acabou sendo encerrado e os planos de casamento foram adiados.
- Suzane von Richthofen: Mudou para Suzane Magnani Muniz.
- Daniel Cravinhos: Mudou para Daniel Bento Paulo e Silva após casamento.
- Elize Matsunaga: Mudou para Elize Araújo Giacomini para evitar reconhecimento público.
- Flordelis dos Santos de Souza: Voltou a usar o nome de solteira após remover o sobrenome do falecido marido.
A mudança de nome desses envolvidos em crimes notórios serve como um mecanismo para se distanciar emocional e socialmente das ações passadas. Embora a troca de sobrenome possa não apagar os crimes cometidos, representa uma tentativa de reintegração à sociedade sob uma nova identidade.