Um jarro de cerâmica raro, datado da Idade Média do Bronze, foi acidentalmente quebrado por uma criança no Museu Hecht, em Israel. O incidente ocorreu na última semana e levantou questões sobre a segurança e apresentação de itens históricos em museus.
O objeto de cerca de 3.500 anos estava exposto na entrada do museu sem nenhuma barreira de proteção. A direção do museu optou por essa abordagem para proporcionar uma experiência mais acessível ao público, permitindo uma observação mais próxima das peças.
Jarro ricamente histórico danificado por acidente
O jarro quebrado, oriundo da região de Canaã, era utilizado no transporte de vinho ou azeite. Estima-se que sua fabricação tenha ocorrido entre 2200 e 1500 a.C., antecedendo os períodos dos reis Davi e Salomão. A peça havia sido encontrada intacta durante escavações arqueológicas, o que a tornava ainda mais valiosa.
Em comunicado, o Museu Hecht indicou que normalmente trata com muita seriedade qualquer dano aos itens expostos, inclusive envolvendo a polícia. No entanto, o caso atual foi considerado acidental, e medidas adequadas serão tomadas para lidar com o incidente.
Para restaurar o jarro raro, o museu convidou especialistas da Escola de Arqueologia e Culturas Marítimas. A peça será submetida a um processo de restauração detalhado, conhecido como “cura”, e em breve voltará a ser exposta. A administração do museu também pretende documentar e divulgar todo o processo de restauração, proporcionando ao público um olhar mais aprofundado sobre esse trabalho complexo.
O que muda na política de exposição do Museu Hecht?
Apesar do acidente, o Museu Hecht decidiu manter sua política de exibir peças antigas sem obstáculos, tais como telas de vidro ou divisórias. O objetivo é promover uma interação mais direta entre os visitantes e os achados arqueológicos, oferecendo uma experiência “olho no olho” com a história.
Os administradores do museu acreditam que essa abordagem fortalece a conexão emocional dos visitantes com os itens expostos, tornando a visita mais educativa e impactante.
Quem responde por acidentes em museus?
Embora o Museu Hecht tenha adotado uma postura compreensiva quanto ao incidente, fica clara a necessidade de discutir a responsabilidade e as medidas preventivas em museus que adotam exibições sem barreiras. Aqui estão alguns pontos a considerar:
- Treinamento e orientação para visitantes, especialmente crianças.
- Monitoramento e supervisão mais intensa em áreas com itens altamente valiosos ou frágeis.
- Uso de sinais de alerta e informações educativas sobre a importância e fragilidade das peças.
- Políticas claras de responsabilidade em casos de danos, diferenciando acidentes de atos de vandalismo.
Essas medidas podem ajudar a prevenir futuros acidentes e garantir a proteção dos itens históricos, ao mesmo tempo que preservam a intenção de proporcionar uma experiência acessível e educativa aos visitantes.