A vantagem do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) entre os evangélicos cresce desde março e chegou este mês aos 14 pontos, mostra a rodada mais recente da pesquisa Genial/Quaest. O chefe do Executivo tem 45% da preferência nesse segmento, ante 31% do petista. Ambos chegaram a estar empatados nos primeiros três meses do ano, dentro da margem de erro.
Entre junho e julho, o presidente Bolsonaro oscilou dois pontos para cima entre os eleitores dessa denominação religiosa, de 43% a 45%, enquanto Lula oscilou dois pontos para baixa, de 33% a 31%. Outras pesquisas de intenção de voto têm revelado que o petista é mais forte entre os católicos, mas perde para o atual chefe do Planalto entre os evangélicos.
A diminuição do apoio ao petista entre essa fatia dos eleitores coincide com declarações recentes do petista, embora não seja possível afirmar com precisão se há uma correlação. Em abril, o ex-presidente defendeu o aborto como uma “questão de saúde” e sugeriu ampliar as situações que permitem a interrupção legal da gravidez.
O tema é imprescindível aos evangélicos e aos apoiadores de Bolsonaro. Em discurso na Marcha para Jesus de Balneário Camboriú (SC), no fim de junho, o chefe do Executivo levantou o assunto, relembrou a fala de Lula e descreveu as eleições deste ano como uma “luta do bem contra o mal”.
O levantamento mostrou que Lula lidera a corrida presidencial com 14 pontos de vantagem sobre Bolsonaro, com 45% contra 31% da preferência. Ciro Gomes (PDT) aparece em terceiro lugar, com 6%. André Janones (Avante) e Simone Tebet (MDB) empatam com 2%.
A pesquisa Genial/Quaest consultou dois mil eleitores presencialmente entre os dias 29 de junho e 2 de julho. A margem de erro prevista é de dois pontos, para mais ou para menos. O registro do levantamento na Justiça Eleitoral é BR-01763/2022.
Com informações do Estadão.