Assim como no primeiro turno, a expectativa é de que a apuração dos votos nas regiões Norte e Nordeste demore mais do que nos Estados do Sul e Sudeste. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), isso acontece porque os resultados de localidades com maior dificuldade logística na transmissão — como Norte e Nordeste — chegam por último e precisam aguardar na fila de processamento.
Em 2 de outubro, foi possível observar que os primeiros votos divulgados vieram das regiões Sul e Sudeste. Em seguida, vieram os dados de parte do Centro-Oeste e, por último, do Nordeste e do Norte. A situação, segundo o TSE, se repete em todos os pleitos.
Cada uma das unidades federativas tem questões próprias relacionadas à logística de transmissão, que adiantam ou atrasam o envio de dados, e as informações são processadas conforme a ordem de chegada ao Centro de Processamento de Dados (CPD) do TSE. “Esses dados entram em uma estrutura semelhante à de uma ‘fila de banco’”, afirmou neste domingo, 30, o secretário de Tecnologia da Informação do TSE, Julio Valente.
A limitação de infraestrutura de telecomunicações em localidades mais remotas e distantes dos grandes centros é um dos motivos para a demora. Quanto mais lenta for a capacidade de processamento dos computadores e menos estável for a rede de dados, mais demorada será a transmissão.
Também há casos, segundo o TSE, que o mesário precisa ir com a urna até um ponto de transmissão da Justiça Eleitoral ou utilizar um telefone via satélite em áreas remotas. Isso acontece principalmente nas regiões mais pobres do Norte, Nordeste e de parte do Centro-Oeste.
Para que os votos entrem no sistema, é necessário que a urna eletrônica seja finalizada, o boletim de urna impresso e a mídia de resultado retirada para que os dados sejam transmitidos à Justiça Eleitoral.
Apesar do atraso esperado para essas regiões, o TSE estima que o resultado final do segundo turno seja conhecido mais rápido em comparação com o primeiro turno — a expectativa do tribunal é que o resultado final das eleições seja divulgado até as 21h30 deste domingo.
O tempo de permanência de cada eleitor na urna de votação é menor, já que não é necessário mais votar para senador, deputado federal e estadual ou distrital. Agora, os brasileiros precisam apenas votar para presidente da República e, em doze estados, para governador.
Com a votação mais rápida, a expectativa é de que não haja filas depois das 17 horas, quando se encerra a votação em todo o Brasil.
Créditos: Revista Oeste.