Nesta sexta-feira (23), os moradores da capital paulista foram confrontados com um cenário assustador. O pôr do sol, que normalmente é tingido de vermelho pela poluição e tempo seco, foi substituído por um céu esfumaçado e amarelado, lembrando cenas de filmes pós-apocalípticos. Esse fenômeno foi causado pela fumaça trazida pelo vento, originária das queimadas na Amazônia e incêndios no noroeste do estado de São Paulo.
Segundo meteorologistas, a fumaça intensa foi resultado das queimadas que têm ocorrido na região amazônica, bem como dos incêndios florestais no interior de São Paulo. A região está enfrentando uma onda de calor extremo, agravada pela baixa umidade do ar, que favorece a propagação das chamas.
Impacto das Queimadas no Interior de São Paulo
O interior do estado registra um alto número de incêndios em florestas e lavouras, especialmente em canaviais. Cidades como Ribeirão Preto, Franca e São José do Rio Preto estão entre as áreas mais afetadas. Além disso, outras 17 cidades ainda mantêm focos ativos, causando preocupação nas autoridades e na população.
- Monte Alegre do Sul
- Alumínio
- Santo Antonio de Aracanguá
- Piracicaba
- Pontal
- Torrinha
- Santo Antonio da Alegria
- Nova Granada
- Iacanga
- Taquarituba
- Coronel Macedo
- Pompéia
- Boa Esperança do Sul
- Pitangueiras
- Salmourão
- Lucélia
- Poloni
Que Medidas Estão Sendo Adotadas?
Para conter os incêndios, o governo de São Paulo adotou diversas medidas de emergência. Entre elas, a criação de um gabinete de crise que coordena as ações de controle e monitoramento das queimadas. Além disso, mais de 7.300 profissionais e voluntários estão envolvidos no combate às chamas e na orientação das comunidades afetadas.
Na sexta-feira, São Paulo registrou 1.886 focos de incêndios ativos, totalizando 3.175 no mês. Esses números são alarmantes quando comparados a agosto de 2023, que teve apenas 352 focos durante o mês todo. A Defesa Civil também alerta para o risco de incêndios graves devido às ventanias que podem espalhar ainda mais as chamas.
Empresas do Agronegócio São Atingidas
Incêndios de grandes proporções também afetaram empresas do setor agrícola, como a Raízen e a São Martinho. Na quinta-feira (22), um incêndio atingiu um canavial próximo à usina Santa Elisa, da Raízen, em Sertãozinho, obrigando a empresa a interromper suas operações. Apesar do controle inicial, novos focos surgiram na sexta-feira na mesma área.
De acordo com a Raízen, o incêndio foi controlado no próprio dia 22, mas continuou representando risco devido às condições climáticas. A São Martinho relatou que seus canaviais também foram atingidos, mas que as brigadas conseguiram controlar as chamas rapidamente, sem causar danos materiais significativos ou vítimas.
Como a População Está Sendo Orientada?
Em resposta à situação crítica, foram emitidos alertas à população sobre os cuidados a serem tomados para evitar inalarem a fumaça tóxica, que pode causar problemas graves de saúde. A Defesa Civil recomendou que as pessoas evitem atividades ao ar livre e mantenham-se hidratadas, além de estarem preparadas para possíveis evacuações em áreas de risco.
Além disso, as autoridades destacam a importância de não realizar queimadas em áreas rurais neste período seco, a fim de prevenir novos focos de incêndio. É crucial que todos colaborem para minimizar os danos ambientais e à saúde pública causados pelos incêndios que devastam a região.
Com a intensificação dos esforços de combate e um monitoramento constante, espera-se que a situação possa ser controlada, protegendo tanto a população quanto o meio ambiente.