O diretório do PSB (Partido Socialista Brasileiro) de Minas Gerais anunciou na 4ª feira (26.out.2022) a expulsão de integrantes da sigla que declararam apoio ao presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno das eleições. Até o momento, 3 prefeitos foram identificados: Imaculada, da cidade de Manhuaçu; Reginaldo de Freitas, do município de Cláudio; e Edson Vilela, de Carmo do Cajuru.
Ao Poder360, o deputado e presidente do PSB-MG, Vilson da Fetaemg, afirmou que a direção estadual está levantando provas que confirmem a ligação de filiados eleitos “pedindo apoio pro 22”.
“Não se trata de um caça às bruxas, mas de uma punição por falta de fidelidade partidária. O PSB tendo aí na chapa do Lula nosso candidato a vice-presidente e eles apoiando o Bolsonaro”, disse.
A legenda integra a Coligação Brasil da Esperança (PT, PC do B, PV, Psol, Rede, Solidariedade, PSB, Agir, Avante e Pros), a qual apresenta o filiado Geraldo Alckmin como candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“No atual momento político de ameaças à democracia e às instituições, não se pode admitir em nenhuma hipótese o apoio à candidatura oponente, encabeçada pelo atual presidente da República, por parte de qualquer mandatário do PSB-MG, prefeito, vice-prefeito, vereador e deputados federal/estadual, e ainda de dirigentes partidários”, declarou em nota. Eis a íntegra do comunicado (637 KB).
Ainda de acordo com o dirigente, a decisão de prefeitos apoiarem o candidato do Partido Liberal é uma “iniciativa que afronta cabalmente o PSB e a Coligação”.
“Considerados, portanto, a gravidade da situação que se apresenta e a fidelidade histórica do PSB a seus princípios programáticos e político-ideológicos, que não admite nem mesmo a mais remota proximidade com a extrema-direita, determinamos a desfiliação e a abertura dos processos de expulsão dos prefeitos e prefeitas do PSB-MG que declararam apoio ao candidato do PL”, concluiu.
Créditos: Poder 360.
Foto: Antonio Molina/Folhapress.