O cantor Jerry Lee Lewis morreu aos 87 anos, de causas naturais, em sua casa, no Mississippi, nos Estados Unidos, disse seu agente, Zach Farnum, à CNN. Sua sétima mulher, Judith, estava ao seu lado.
Segundo comunicado, “Lewis, talvez o último e maior ícone do nascimento do rock and roll, cujo casamento com blues, gospel, country e performances cruas e vibrantes no palco ameaçaram o jovem Elvis Presley a ponto de fazê-lo chorar, morreu”.
Dos três artistas brancos mais importantes do rock’n’roll nos anos 1950, Jerry Lee Lewis foi o que teve vida mais longa e estrelato mais breve. Elvis Presley (1935-1977) se ajustou às regras para se tornar o queridinho da “Sessão da Tarde”. Buddy Holly (1936-1959) teve a carreira interrompida no auge —morreu em um acidente aéreo 1 ano e 8 meses após estourar nas paradas. Jerry Lee desafiou o sistema, e este o atirou ao ostracismo em apenas um ano —o pianista e cantor nunca mais recuperou a popularidade atingida em 1957.
O fato mais determinante na carreira de Jerry Lee não foi a selvageria de sua performance no palco nem a altíssima energia sexual de sua música —ele ficou indelevelmente marcado ao se casar, em 1957, com uma prima de 13 anos. A indústria do entretenimento respondeu com um boicote ao músico. Na década seguinte, ele sobreviveria como intérprete de country music; apenas nos anos 1980 sua imagem seria resgatada para se tornar ídolo “cult” de uma nova geração de roqueiros.
Fonte: Portal Grande Ponto