Departamento de Defesa americano divulgou nova estratégia nesta quinta-feira; Ministério informou que ação seria inaceitável
Um ataque nuclear norte-coreano contra os interesses dos EUA significaria o “fim” do regime de Kim Jong-un, alertou o Pentágono, sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, em sua nova estratégia nuclear divulgada nesta quinta-feira (27). É a primeira vez que ambas são divulgadas juntas.
“Qualquer ataque nuclear da Coreia do Norte contra os Estados Unidos ou seus aliados e parceiros é inaceitável e levaria ao fim desse regime. Não há cenário em que o regime de Kim Jong-un possa usar armas nucleares e sobreviver”, adverte o Ministério da Defesa dos EUA no documento.
Os Estados Unidos disseram considerar suas armas nucleares como destinadas a dissuadir “todas as formas de ataque estratégico”, incluindo os que envolvem armas convencionais, advertiu o Pentágono.
“Isso inclui o emprego nuclear em qualquer escala e inclui ataques de alto impacto de natureza estratégica, usando meios não nucleares”, disse um funcionário da Defesa à imprensa.
Esta nova abordagem pretende “complicar a tomada de decisões” do adversário, no momento em que a Rússia acusa a Ucrânia de se preparar para utilizar uma “bomba suja”.
“A Rússia lançou sua agressão contra a Ucrânia sob ameaça nuclear, com declarações irresponsáveis, exercícios nucleares em datas irregulares e mentiras sobre o potencial uso de armas de destruição em massa”, especifica o documento.
Já a China se esforça para ampliar, modernizar e diversificar suas forças nucleares, ressalta o Pentágono, afirmando que Pequim “talvez queira possuir pelo menos 1.000 ogivas nucleares até o final da década”.
Mas “a Rússia é o principal rival dos Estados Unidos, com as forças nucleares mais diversas”, diz o documento. A Rússia tem 1.550 ogivas nucleares prontas para uso, e 2.000, não mobilizadas.
“Seu moderno arsenal nuclear, que deve crescer, representa uma ameaça existencial no longo prazo para os Estados Unidos e nossos aliados e sócios”, acrescentou o Pentágono.
“Na década de 2030, os Estados Unidos se verão, pela primeira vez em sua história, diante de duas grandes potências nucleares (que serão) rivais estratégicas e adversários potenciais”, reforçou.