Quando o Jeep Commander foi lançado há exatos três anos, seu foco não era proporcionar um desempenho espetacular. Com motores 1.3 turboflex e 2.0 turbodiesel, o modelo oferecia uma experiência típica dos grandes SUVs, priorizando espaço e conforto em vez de esportividade.
No entanto, a Stellantis decidiu dar um upgrade significativo na linha 2024, introduzindo o motor Hurricane 4. Este poderoso motor, já presente em modelos como o Jeep Wrangler e a Ram Rampage, trouxe uma nova vida ao Commander, destacando-se não só pela capacidade de levar sete ocupantes, mas também por sua performance invejável.
Quais são as novidades do Jeep Commander 2024?
Primeiramente, as versões que receberam o motor Hurricane 4 são a Overland e a Blackhawk. Testamos a versão Blackhawk, a mais completa da linha, com um preço de R$ 321.290. Apesar de ser mais caro, comparado às configurações anteriores, o novo motor justifica o investimento com seu desempenho robusto.
No design, a Blackhawk apresenta alguns diferenciais, como grades e rodas escurecidas, para-choques na cor da carroceria e saídas de escape duplas. O interior também recebeu toques exclusivos, como painel de suede e logotipos bordados nos bancos.
Jeep Commander: espaço interno e concorrência
O Commander Blackhawk oferece um espaço interno amplo, com 2,79 metros de entre-eixos, similar a modelos como o Volkswagen Tiguan Allspace e 8 cm extras em relação ao Caoa Chery Tiggo 8. O porta-malas também é generoso, com 661 litros com a terceira fileira de bancos recolhida, tornando-o prático para viagens em família.
Quando comparado com seus rivais, como o Tiguan e o Tiggo 8, o Commander se destaca pela dirigibilidade refinada e esportiva graças ao novo motor. No entanto, modelos como o Compass e o Haval H6 GT podem ser opções para quem não precisa de tanto espaço.
Quais são os principais equipamentos do Commander Blackhawk?
O interior do Commander Blackhawk esbanja qualidade, com acabamento em couro, suede e detalhes metálicos. O painel de instrumentos digital de 10,25″ e a central multimídia de 10,1″ são destaques, oferecendo conectividade com Android Auto e Apple CarPlay.
Além disso, a lista de assistentes à condução é extensa, incluindo alerta de ponto cego, detector de fadiga, frenagem autônoma, entre outros. O assistente de permanência em faixa e o controle de cruzeiro adaptativo garantem uma experiência de condução segura e confortável.
Ao volante do Jeep Commander
Dirigir o Commander Blackhawk é uma experiência única. O motor Hurricane 4, aliado ao câmbio automático de nove marchas, proporciona uma agilidade surpreendente, esquecendo que se está em um veículo de quase 1.900 kg. A suspensão também foi bem ajustada, garantindo equilíbrio e conforto mesmo com o carro carregado.
No entanto, a performance excepcional tem um custo: o consumo de combustível é elevado. O Commander faz 8,2 km/l na cidade e 10,2 km/l na estrada, segundo o Inmetro, mas nosso teste mostrou uma média urbana de apenas 6,1 km/l. Um sistema híbrido leve poderia ser uma solução futura para melhorar a eficiência.
Pontos positivos e negativos
- Pontos Positivos: Desempenho excelente para um SUV desse porte, câmbio e motor em perfeita harmonia, e suspensão bem ajustada.
- Pontos Negativos: Consumo de combustível elevado e preço acima de R$ 300 mil, mais caro que a maioria dos concorrentes.
Ficha técnica do Jeep Commander Blackhawk
- Motor: 2.0, 16V, quatro cilindros, turbo, gasolina
- Potência: 272 cv a 5.200 rpm
- Torque: 40,8 kgfm a 3.000 rpm
- Câmbio: automático de nove velocidades; tração integral adaptativa
- Comprimento: 4,76 metros
- Largura: 1,85 m
- Altura: 1,72 m
- Entre-eixos: 2,79 m
- Peso (ordem de marcha): 1.886 kg
- Porta-malas: 661 litros (cinco ocupantes) ou 233 litros (sete ocupantes)
- Tanque: 61 litros
- Consumo urbano: 8,2 km/l
- Consumo rodoviário: 10,2 km/l
- Aceleração 0 a 100 km/h: 7 segundos
- Velocidade máxima: 220 km/h
- Preço: R$ 321.290