Ex-presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn pode se tornar o novo presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Na segunda-feira 24, Paulo Guedes, ministro da Economia, indicou o nome do brasileiro para concorrer à vaga.
A pasta emitiu uma nota sobre a indicação de Goldfajn ao BID. “O ministro Paulo Guedes considera que o candidato concilia ampla e bem-sucedida experiência profissional no setor público, em organismos multilaterais e no setor privado, além de sólida formação acadêmica, que o qualificam inequivocamente para o exercício do cargo de presidente desta importante instituição”, informa o texto.
Depois de ser indicado, o executivo pediu licença do cargo de diretor do Departamento do Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI). “Estou muito honrado por ter sido nomeado como candidato brasileiro à presidência”, afirmou, em comunicado à imprensa. “Nesse intervalo e enquanto o processo estiver em andamento, renunciei às minhas responsabilidades no FMI e estou de licença do Fundo.”
A eleição está marcada para 20 de novembro, o mandato é de cinco anos. Para ser vitoriosa, a candidatura brasileira precisa do apoio de maior parte dos países que integram o BID, além de formar maioria também na votação por cotas — cada país membro tem um porcentual de votos proporcional ao investimento na instituição.
O executivo já foi consultor para outras instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas e Banco Mundial. Além disso, ele também possui experiência no setor privado. Assim, consta em seu currículo cargos como presidente do Conselho Consultivo do Banco Credit Suisse Brasil, economista-chefe e sócio do Itaú Unibanco, sócio-fundador da Ciano Investimentos, sócio e economista da Gávea Investimentos. Goldfajn possui doutorado em economia pelo Massachusetts Institute of Technology, mestrado pela PUC e graduação pela UFRJ.