O ditador da Venezuela, Nicolás Maduro, reiterou nesta segunda-feira (12) de fevereiro de 2024 que não entregará o poder à maior coalizão de oposição do país, a Plataforma Unitária Democrática (PUD), que ele chama de “oligarquia fascista”. A PUD contesta o resultado das eleições presidenciais de 28 de julho de 2023, cuja vitória foi atribuída a Maduro pelo chavista Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Durante uma reunião do Conselho de Defesa Nacional, Maduro afirmou: “Não vamos entregar a riqueza deste país ao imperialismo, não vamos entregar o poder político deste país a essa oligarquia fascista.” A crise pós-eleitoral inclui protestos e operações policiais que resultaram em 25 mortes e mais de 2,4 mil prisões, segundo fontes estatais.
Nicolás Maduro e a Crise Pós-Eleitoral na Venezuela
Na reunião do Conselho de Defesa Nacional, Maduro reforçou suas acusações contra o candidato presidencial da PUD, Edmundo González Urrutia, e a líder opositora María Corina Machado. Ambos denunciaram fraude nas eleições e, segundo Maduro, estão agora foragidos, apesar de terem participado de protestos nas últimas semanas.
Ele desafiou: “Onde estão aqueles que planejaram, aqueles que pediram violência e depois a justificaram nas redes sociais? Que eles assumam sua responsabilidade.” Além disso, pediu “maior rapidez, eficiência e mão de ferro para enfrentar o crime”.
O Que Está Acontecendo com as Atas de Votação?
O CNE, controlado pelo regime chavista, alega ter sido alvo de um ataque cibernético no dia da votação e ainda não divulgou as atas de votação detalhadas que confirmariam a vitória de Maduro, contrariando seus próprios regulamentos.
Enquanto isso, a Plataforma Unitária Democrática publicou em um site 83,5% das atas, que indicam que González venceu a eleição presidencial por ampla margem. Esse silêncio do CNE sobre os resultados detalhados está sendo questionado por muitos países.
Como a Comunidade Internacional Está Reagindo?
A situação venezuelana tem atraído atenção internacional significativa. Diversos países questionam a falta de transparência do CNE e a alegada fraude eleitoral. As ações de Maduro para manter o poder, mesmo diante de protestos e alegações de fraude, são vistas com preocupação por muitos governos e organizações internacionais.
A crise venezuelana continua sendo um tema complexo e dinâmico, com contínuas repercussões tanto internas quanto externas. As tensões entre o governo chavista e a oposição parecem longe de uma resolução pacífica e democrática.
Para compreender melhor a situação, é importante considerar os seguintes pontos-chave sobre o cenário político atual na Venezuela:
- Controlado pelo regime: O CNE é amplamente visto como uma extensão do governo chavista.
- Protestos violentos: As manifestações pós-eleitorais resultaram em mortes e prisões em massa.
- Desafios internacionais: Muitos países continuam a questionar a legitimidade do processo eleitoral venezuelano.
Esses pontos ilustram a luta contínua pelo poder na Venezuela e as profundas divisões políticas que continuam a dominar o país. A situação permanece tensa e incerta, com pouca sinalização de uma resolução imediata.