Nesta segunda-feira, 12 de março de 2024, a Terra foi atingida por uma severa tempestade solar, anunciada pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). O fenômeno pode provocar auroras boreais visíveis em regiões mais ao sul do que o habitual. A tempestade foi classificada como de nível quatro em uma escala de cinco, a partir das 12h de Brasília.
Essas alterações geomagnéticas podem persistir por diversas horas, mas não se espera que aumentem de intensidade, conforme comunicado emitido pela agência americana. O NOAA explica que a severidade da tempestade pode fazer com que auroras sejam vistas até em estados do sul dos EUA, como Alabama e norte da Califórnia.
O que Causa uma Tempestade Solar Severa?
A atual tempestade solar é causada por ejeções de massa coronal (CME), fenômeno que envolve explosões de partículas emanadas do Sol e que, ao chegarem à Terra, perturbam seu campo magnético. Esse tipo de evento se torna mais frequente nos períodos em que o Sol está próximo ao seu pico de atividade em seu ciclo de 11 anos.
Como as Tempestades Solares Afetam a Terra?
Embora as auroras proporcionem um espetáculo visual impressionante, as tempestades solares podem desencadear uma série de problemas indesejados. Entre os principais efeitos, destacam-se:
- Alterações nas comunicações de alta frequência, afetando sistemas de rádio e navegação.
- Perturbações em satélites, que podem comprometer dados e serviços dependentes de tecnologia espacial.
- Sobrecarregas na rede elétrica, podendo causar apagões e danos a transformadores.
Os operadores de infraestruturas sensíveis foram alertados para a implementação de medidas que reduzam esses impactos, conforme orientações da NOAA.
Por que os Eventos de Tempestade Solar Estão se Tornando Mais Frequentes?
Eventos de tempestade geomagnética severa, como o ocorrido nesta segunda-feira, têm se tornado mais comuns devido ao ciclo de atividade solar. Em maio de 2024, o planeta enfrentou uma das tempestades geomagnéticas mais fortes dos últimos 20 anos, gerando auroras em latitudes inusitadamente baixas, como nos Estados Unidos, Europa e Austrália.
Esses eventos são parte natural do ciclo solar, mas seu aumento em frequência e potência merece atenção especial tanto pela beleza das auroras quanto pelos desafios tecnológicos envolvidos.
O astrofísico Eric Lagadec, do Observatório da Côte d’Azur na França, comentou em suas redes sociais sobre as condições atuais das auroras. “Agora há muitas auroras. Se durar até o anoitecer aqui, poderíamos ver algumas”, afirmou Lagadec na rede social X (antigo Twitter).
Com base nas observações e na previsão de duração da tempestade, residentes de várias regiões podem ter a oportunidade de testemunhar esse fenômeno natural extraordinário.