Foto: Stephen Maturen/Getty Images
A campanha do ex-presidente dos Estados Unidos e candidato à presidência pelo partido Republicano, Donald Trump, afirmou recentemente que os e-mails da campanha foram alvo de um ataque hacker. Segundo a alegação dos republicanos, o Irã estaria por trás do incidente, embora ainda não tenham sido apresentadas provas concretas para sustentar essa acusação.
Na sexta-feira (9/8), a Microsoft divulgou um relatório apontando que as atividades on-line do Irã tinham aumentado significativamente. De acordo com a empresa, esses elementos indicam que a intenção seria influenciar o resultado da eleição presidencial norte-americana de 2024.
E-mails de campanha hackeados: o que se sabe até agora
O porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, explicou que o ataque foi conduzido por “fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos”. Em resposta, o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos EUA ressaltou que qualquer acusação de influência estrangeira nas atividades eleitorais americanas é tratada com extrema seriedade.
Cheung declarou que começou a receber mensagens em 22 de julho, provenientes de uma conta anônima. O responsável pelo e-mail, identificado apenas como “Robert”, divulgou um conjunto de documentos que parecia ser um dossiê de pesquisa sobre o senador de Ohio JD Vance, candidato à vice-presidência na chapa de Trump. Essas informações foram datadas de 23 de fevereiro, quase cinco meses antes de Trump selecionar Vance como seu companheiro de chapa.
Como reagiu a campanha de Trump?
De acordo com Cheung, “esses documentos foram obtidos ilegalmente e pretendiam interferir nas eleições de 2024, semeando o caos em nosso processo democrático”. Ele destacou o relatório da Microsoft, mencionando que “hackers iranianos invadiram a conta de um ‘alto funcionário’ da campanha presidencial dos EUA em junho de 2024, coincidentemente próximo ao período de seleção do candidato a vice-presidente pelo presidente Trump”.
Em tom de alerta, Cheung afirmou: “Os iranianos sabem que o presidente Trump acabará com seu reinado de terror, assim como fez em seus primeiros quatro anos na Casa Branca. Qualquer mídia que reimprima documentos ou comunicações internas está cumprindo as ordens dos inimigos da América e fazendo exatamente o que eles querem”.
A missão do Irã nas Nações Unidas
A missão do Irã nas Nações Unidas negou veementemente qualquer envolvimento em atividades de interferência eleitoral. Em um comunicado, o governo iraniano afirmou: “O governo iraniano não tem nem abriga nenhuma intenção ou motivo para interferir na eleição presidencial dos Estados Unidos. Não damos crédito a tais relatórios”.
O New York Times também confirmou ter recebido o mesmo conjunto de documentos que outros meios de comunicação, após a confirmação da Microsoft de que um “alto funcionário” de uma campanha presidencial foi alvo de hackers.
Este caso levanta questões importantes sobre a segurança e a integridade das eleições nos Estados Unidos, bem como sobre o crescente papel que os ataques cibernéticos podem desempenhar em influenciar os processos democráticos. Fica evidente a necessidade de medidas preventivas e de defesa para proteger os dados e informações das campanhas eleitorais.