Foto: Elliot Schaudt/NYT
Os Estados Unidos tomaram uma ação significativa para defender Israel após o assassinato de Ismail Haniyeh, líder do grupo terrorista Hamas, em Teerã. O Pentágono anunciou o envio de um submarino ao Oriente Médio, decisão comunicada no dia 11 de fevereiro pelo porta-voz de Defesa americano, major-general Patrick Ryder. A medida foi tomada após uma conversa entre o secretário de Defesa, Lloyd Austin, e seu equivalente israelense, Yoav Gallant.
Ao anunciar o envio do submarino, Ryder destacou a gravidade da situação no Oriente Médio após a morte de Haniyeh, que revelou falhas de segurança no Irã. Tradicionalmente, o Pentágono não divulga movimentações de submarinos, tornando esse anúncio ainda mais excepcional. A decisão de enviar a embarcação sublinha o apoio incondicional dos EUA à segurança de Israel.
Submarino dos EUA no Oriente Médio
Além do submarino, Lloyd Austin ordenou a aceleração do envio de um porta-aviões e solicitou a presença de mais caças e navios de guerra equipados com mísseis na região. Esses reforços se juntam a uma frota já presente no Golfo de Omã, próximo ao Irã, com o objetivo de dissuadir Teerã de qualquer retaliação que possa desencadear um conflito aberto com Israel.
“Na ligação, o secretário Lloyd Austin reiterou o compromisso dos EUA de tomar todas as medidas possíveis para defender Israel”, afirmou Patrick Ryder, refletindo a postura firme e a prontidão para proteger aliados estratégicos no Oriente Médio.
Como a Comunidade Internacional Reage a Essa Tensão?
A tensão no Oriente Médio após o assassinato de Haniyeh fez crescer os apelos da comunidade internacional por um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. A situação é exacerbada pela retórica agressiva do Irã e de seus aliados, como o Hezbollah, que também sofreu um golpe com a morte de Fuad Shakur em um ataque israelense em Beirute.
Na quinta-feira, uma delegação israelense viaja a Doha, no Catar, para discutir uma proposta de cessar-fogo apoiada pelos EUA desde maio. O plano recebeu apoio de países como Reino Unido, França e Alemanha, que pedem um acordo imediato e evitam ações que possam agravar ainda mais as tensões na região.
Quais as Consequências Humanitárias dessa Crise?
A guerra de dez meses entre Israel e o Hamas já resultou em inúmeras vítimas civis. No sábado, 93 palestinos foram mortos em um bombardeio israelense a uma escola religiosa na Faixa de Gaza. Além disso, a ONU informou que mais de 75 mil pessoas foram deslocadas recentemente devido aos ataques.
- Os ataques geram pressão internacional por um cessar-fogo.
- A ONU relata deslocamento massivo de civis na Faixa de Gaza.
- Discussões sobre “zonas de combate perigosas” aumentam a urgência por proteção civil.
O chefe da missão da ONU na Faixa de Gaza, Philippe Lazzarini, destacou o alto número de deslocados, reiterando os pedidos por medidas que protejam civis e mitiguem os danos na área. As negociações para o cessar-fogo enfrentam obstáculos, incluindo a resistência do primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, em assinar acordos prévios.
Defesa e Diplomacia: O Papel dos EUA e Israel
A colaboração estreita entre os EUA e Israel é fundamental para a segurança no Oriente Médio. A conversa entre Lloyd Austin e Yoav Gallant sublinha essa parceria. Além do suporte militar, houve discussões sobre estratégias diplomáticas para garantir a libertação de reféns e alcançar um cessar-fogo sustentável.
Assim, o envio do submarino e de outras forças militares representa um movimento tanto de dissuasão quanto de defesa, reiterando a posição firme dos EUA ao lado de Israel. Este é um esforço multifacetado que exige uma combinação de poder militar e diplomacia para estabilizar a região.
De acordo com fontes próximas ao Conselho de Segurança Nacional de Israel, o país está preparado para diversos cenários, incluindo possíveis ataques coordenados pela milícia libanesa e pelo Irã. A decisão de realizar novas ofensivas contra o Hezbollah está em consideração e dependerá da aprovação dos EUA.
À medida que a situação se desenrola, o mundo observa com atenção, torcendo por um desfecho que minimize as perdas humanas e estabilize o Oriente Médio. No contexto atual, a liderança e as decisões firmes dos EUA desempenham um papel crucial na segurança e na diplomacia da região.