As cidades inteligentes são projetos modernos de municípios integrados, tecnológicos e sustentáveis. Com o foco direcionado para a inovação e o planejamento, essas regiões têm ganhado destaque por possibilitarem um crescimento econômico e social saudável ao mesmo tempo em que fornecem soluções para as demandas populacionais que tendem a crescer cada vez mais.
Em um cenário em que a tecnologia deixou de estar presente somente nas mesas de trabalho e se tornou parte importante do cotidiano em diversos aspectos, entender o que forma esses berços tecnológicos, qual a importância dessas cidades e como elas estão distribuídas no Brasil é essencial para que as estratégias de sucesso adotadas por elas possam ser difundidas.
Pensando nisso, criamos este conteúdo para explicar o que são cidades inteligentes e quais são seus pilares e mostrar alguns exemplos de municípios brasileiros campeões em inovação. Continue a leitura e descubra as respostas para suas principais questões!
O que é e como funciona uma cidade inteligente?
As smart cities, ou cidades inteligentes, são espaços urbanos que buscam implementar e aprimorar estratégias de comunicação, inovação e tecnologia para promover o bem-estar e o desenvolvimento da comunidade. Esses locais não apenas adotam soluções digitais para atender às demandas da sociedade, mas também incorporam alternativas sustentáveis em seus processos para proteger os ecossistemas dos impactos de suas atividades.
O principal objetivo de uma cidade inteligente é facilitar a rotina dos cidadãos no presente e no futuro, criando ambientes eficientes, seguros e confortáveis. Para alcançar essa meta, podem ser aplicadas tecnologias de segurança e monitoramento, semáforos inteligentes que se ajustam ao fluxo de tráfego e paradas de ônibus com internet sem fio, por exemplo, que facilitam a locomoção, a proteção e a integração dos espaços.
Além disso, essas cidades também podem adotar projetos de energia renovável, gestão de resíduos, incentivo à mobilidade urbana sustentável e outras iniciativas que contribuem para alimentar um crescimento consciente e reduzir os prejuízos sobre a natureza.
Quais são as 5 principais smart cities do Brasil?
O Brasil é dotado de diversas cidades com níveis diferentes de implementação dos pilares que constituem as smart cities. Segundo o Ranking Connected Smart Cities 2022, um sistema que mapeia o nível de conexão e tecnologia das cidades brasileiras, Curitiba, Florianópolis, São Paulo, São Caetano do Sul e Campinas são os municípios que mais se destacam no quesito indicadores de cidade inteligente.
- Curitiba (PR): Se destaca principalmente nas análises que consideram o empreendedorismo local, inovação e urbanismo, evidenciando a qualidade de vida e o crescimento econômico.
- Florianópolis (SC): Conhecida por sua segurança, mobilidade e saúde, a cidade aposta na qualidade de vida como prioridade.
- São Paulo (SP): Líder em mobilidade e economia na região Sudeste, a cidade tem um sistema de transporte público avançado e um grande número de empresas.
- São Caetano do Sul (SP): Destaca-se pela educação e segurança, acompanhadas de boas métricas de governança e economia.
- Campinas (SP): Focada em economia, educação, tecnologia e inovação, Campinas tem um forte incentivo ao empreendedorismo.
Quais são os pilares das cidades inteligentes?
As cidades inteligentes são construídas com base em pilares em comum que prezam pela responsabilidade social e pela inovação. Frentes como sustentabilidade, governança, desenvolvimento econômico, mobilidade urbana e conectividade se entrelaçam para formar espaços funcionais e integrados com a natureza.
Sustentabilidade
Gerir os recursos naturais com eficiência, reduzir a emissão de carbono, descartar corretamente os resíduos e escolher alternativas que combinem o desenvolvimento com a preservação ambiental são alguns dos focos da criação das smart cities. Esses princípios ajudam a garantir que as tecnologias implantadas estejam em sintonia com a natureza e impactem o mínimo possível a harmonia dos ecossistemas.
A preocupação ambiental das cidades inteligentes visa, sim, promover um futuro mais limpo e saudável para as próximas gerações, mas também contribui para que a qualidade de vida seja melhorada no presente. Incentivar a criação de tecnologias que não emitem gases tóxicos em detrimento daquelas que liberam poluentes, por exemplo, ajuda a melhorar a qualidade do ar dessas cidades e desacelerar os efeitos das mudanças climáticas.
Governança
A governança das cidades inteligentes tende a ser participativa, ou seja, com maior presença da população nas decisões, no gerenciamento e na administração do município. Nesse modelo, o governo anda lado a lado com a sociedade civil, acompanhando de perto as demandas do público e permitindo que elas sejam atendidas com eficiência e precisão.
Desenvolvimento econômico
A transformação de um município em uma smart city pode trazer benefícios para o desenvolvimento econômico da região. Munidos de aparatos tecnológicos que ajudam a melhorar a eficiência de trabalhadores, serviços e organizações, esses locais ajudam a otimizar o aproveitamento do tempo e dos recursos, aumentando a produtividade e possibilitando maior retorno financeiro.
A busca constante por inovação também é um estímulo para a criação de novos empreendimentos e um atrativo para a implantação de empresas do ramo da tecnologia. Esses fatores são aliados para a criação de novos empregos e para a movimentação econômica regional, ou seja, podem impulsionar o crescimento em nível individual e municipal.
Mobilidade e planejamento urbano
O aumento da concentração populacional nos centros urbanos, como prevê a Organização das Nações Unidas, traz às cidades o desafio de planejar uma locomoção eficiente que não sobrecarregue as ruas e avenidas. Nesse sentido, o planejamento e o investimento em uma mobilidade inteligente se torna um dos pilares fundamentais para o desenvolvimento de uma smart city.
Uma das estratégias que podem ser usadas nesse setor é o investimento intenso em sistemas de transporte público. Quando capazes de atender à população com eficiência, esses meios de locomoção ajudam a descongestionar as ruas, facilitar a circulação das pessoas e diminuir o impacto do trânsito no dia a dia.
A construção ou revitalização de ciclofaixas e a popularização do carro elétrico também são ideias importantes para desafogar as vias de tráfego e melhorar a qualidade do ar. Ao diminuir o uso de veículos dependentes de combustíveis fósseis, é possível reduzir a emissão de gases tóxicos e mitigar os efeitos do aquecimento global.
Tecnologia e conectividade
A base das cidades inteligentes é o trabalho conjunto das tecnologias visando à conectividade e à integração. Sensores digitais são usados em massa para monitorar o trânsito, fazer a segurança de propriedades e ainda conferir a qualidade do ar, o nível de ruídos nas ruas e os padrões de uso de energia em tempo real.
Poucos segundos depois, esses dados já estão disponíveis para especialistas ou para cidadãos usufruírem em sua rotina. Com base nos dados coletados, sistemas de transporte público podem ser otimizados, resultando em rotas mais eficientes e maior pontualidade.
Estratégias de cuidado com a poluição do ar ou com a poluição sonora também podem ser desenvolvidas em locais que apresentarem maior necessidade, entre outras melhorias facilitadas pelo aparato inteligente.
Qual a relação entre transição energética e smart cities?
Transformar as cidades em versões inteligentes, cada vez mais conectadas e sustentáveis envolve também repensar a forma de produção e consumo energético. Sacar inovações dependentes de uma só fonte de energia ou que consomem combustíveis poluentes — como gasolina e petróleo — é um obstáculo tanto para preservar o meio ambiente como para a ideia de aproveitar os recursos naturais com inteligência.
Nesse sentido, apoiar a transição para uma matriz energética variada e consciente é também apoiar o desenvolvimento de cidades mais inteligentes.
O Mercado Livre de Energia é um dos agentes já existentes que podem apoiar essa transformação de forma facilitada. Sob uma nova forma de consumir, os clientes podem escolher em quais fontes de energia vão investir para abastecer suas redes elétricas e negociar os preços da eletricidade com os fornecedores.
Unindo estratégias energéticas inteligentes com soluções modernas de comunicação, integração e monitoramento, é possível impulsionar o crescimento das smart cities atendendo aos pilares que as definem e as necessidades da população, o que é essencial para melhorar a qualidade de vida das gerações presentes e deixar um legado positivo para as futuras.