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Em um triste e trágico acontecimento, 61 pessoas perderam a vida em um desastre aéreo em Vinhedo, interior de São Paulo. Esse é o maior incidente do tipo no país em termos de número de vítimas desde o ano de 2007. As autoridades estão mobilizadas e trabalhando incansavelmente para esclarecer as causas do acidente.
O Instituto Médico Legal (IML) já está encarregado dos corpos, que serão levados para a capital paulista. Até o momento, parte deles foi retirada dos escombros, mas ainda permanecem no local. O acidente foi um grande choque para a comunidade local, que ainda tenta entender o que aconteceu.
Causas do desastre aéreo em Vinhedo
Um gabinete de crise foi criado no local, composto por membros da Polícia Federal, Militar, Civil, além do Corpo de Bombeiros e representantes da companhia aérea VOEPASS. A tecnologia de scanner 3D está sendo utilizada para acelerar o processo de identificação dos corpos. O superintendente da Polícia Federal, Rodrigo Sanfurgo, afirmou que a investigação visa entender a dinâmica do desastre e solucionar o caso o mais rápido possível.
Cronologia do acidente
Entenda, passo a passo, como tudo aconteceu:
- A aeronave decolou às 11h46 e seguiu tranquila até 12h20.
- Às 12h23, o avião atingiu 5 mil metros de altitude e manteve-se nessa altura até as 13h21.
- A partir desse momento, começou a perder altitude rapidamente, realizando uma curva brusca.
- Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), a aeronave parou de responder às chamadas do Controle de Aproximação de São Paulo às 13h21.
- Às 13h22, a altitude era de 1.250 metros, uma queda de 4 mil metros, a uma velocidade de 440 km/h.
- O ‘Salvaero’ foi acionado às 13h26 e encontrou a aeronave já acidentada dentro de um condomínio.
Próximos passos das autoridades
Em relação às vítimas, a Prefeitura de Vinhedo confirmou que não houve sobreviventes. Entre os mortos, estão oito servidores e profissionais do estado do Paraná. A comissária de bordo Rubia Silva de Lima e outros passageiros também foram identificados.
As hipóteses para o acidente ainda estão sendo investigadas, mas especialistas sugerem que a queda em espiral pode indicar um estol, uma condição na qual a asa do avião perde sustentação. Isso pode ter sido um fator decisivo na queda abrupta da aeronave.
Como era a aeronave que caiu em Vinhedo
O avião envolvido no acidente era um ATR-72-500 da VOEPASS, equipado com 74 assentos e fabricado pela ATR na França. O modelo é conhecido por sua capacidade de operar em aeroportos com pistas curtas e difíceis, sendo um avião popular no Brasil e na Ásia.
Ficha técnica do ATR-72-500:
- Número de assentos: 74
- Velocidade de cruzeiro: 511 km/h
- Comprimento: 27 metros
- Envergadura: 27 metros
- Altura: 7,65 metros
- Autonomia de voo: 1.324 km
Como estava o tempo no momento da queda?
Os meteorologistas relataram áreas de instabilidade e formação de gelo nas proximidades do local do acidente. Modelos meteorológicos indicaram temperaturas entre -9° a -11°C na região de Vinhedo no momento da queda.
Em entrevistas, o CEO da VOEPASS, Eduardo Busch, afirmou que os pilotos eram experientes e que os sistemas da aeronave estavam operacionais no momento da decolagem. Ele reafirmou o compromisso da empresa em apoiar os envolvidos e prestar todas as informações necessárias.
As investigações prosseguem com a participação de organismos como Seripa 4 e Cenipa, com o objetivo de analisar as caixas-pretas e determinar as causas exatas do acidente. A ANAC também está supervisionando o atendimento às famílias das vítimas e a conformidade dos documentos da aeronave.
Este trágico acidente levou-nos a refletir sobre a segurança aérea e a importância de rigorosas investigações para prevenir futuras ocorrências.