Os trabalhadores dos Correios iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024. Profissionais de diversas áreas, como carteiros, motoristas e equipes de tratamento e atendimento, aderiram à paralisação. A luta por melhores condições de trabalho e ajustes salariais impulsionou a decisão da categoria.
De acordo com a Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios (Findect), a paralisação ocorre em nove estados, mostrando a extensão e a gravidade das demandas dos trabalhadores. Essas regiões incluem São Paulo, Alagoas, Rio de Janeiro, Ceará, Maranhão, Paraná, Piauí, Rio Grande do Sul e Tocantins.
Estado da greve dos Correios
Apesar da greve, os Correios afirmam que todas as agências permanecem abertas e que os serviços essenciais seguem disponíveis. A empresa adotou medidas de contingenciamento, como remanejamento de trabalhadores e uso de horas extras, para minimizar as ausências “pontuais“.
Douglas Ramos, diretor de comunicação do Findect, em entrevista à Folha, destacou que a principal reivindicação dos trabalhadores é a redução da coparticipação no plano de saúde. Além disso, há a exigência de um reajuste salarial pela inflação e um aumento linear de R$ 300 para todos os cargos ainda em 2024.
Quais são as demandas dos trabalhadores?
Os trabalhadores dos Correios estão lutando principalmente por:
- Redução da coparticipação no plano de saúde;
- Reajuste salarial baseado na inflação;
- Aumento linear de R$ 300 para todos os cargos.
O que os Correios propoem?
Em resposta às demandas dos trabalhadores, os Correios apresentaram algumas propostas:
- Reajuste de 6,05% nos salários a partir de 2025;
- Reajuste adicional de 4,11% nos salários a partir deste mês;
- Aumento de 20% para motoristas e motociclistas;
- Redução da coparticipação no plano de saúde de 30% para 15%.
A estatal também anunciou a realização de um concurso público para atender à demanda por mais trabalhadores, como forma de tentar minimizar os impactos da paralisação e garantir a continuidade dos serviços.
Como será o impacto da greve?
A greve dos trabalhadores dos Correios certamente terá impactos significativos, principalmente em serviços de entrega e atendimento ao público. Com a adesão de profissionais de diversas áreas e a mobilização em vários estados, o atendimento tende a ficar mais lento e os prazos de entrega, mais largos.
Apesar dos esforços de contingenciamento, é esperado que a paralisação traga dificuldades adicionais para a população que depende dos serviços dos Correios, especialmente em um cenário onde os serviços de entrega se tornaram ainda mais essenciais.
Conclusão e expectativas
A greve dos Correios é um reflexo das insatisfações da categoria com as atuais condições de trabalho e remuneração. A expectativa é que as negociações entre os trabalhadores e a estatal avancem, buscando um consenso que atenda às necessidades de ambas as partes e minimize os impactos para a população.
Ficaremos atentos aos desdobramentos e novidades sobre a paralisação, esperando que as demandas dos trabalhadores sejam ouvidas e resolvidas em breve.