Os dados apresentados pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, indicam que os alertas de desmatamento registrados na Amazônia caíram 45,7% entre agosto de 2023 e julho de 2024. De acordo com o Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram registrados 4.314,76 km² desmatados, a menor área desde o início das medições em 2016.
Essa redução ocorre após uma queda anterior de 7,4% de agosto de 2022 a julho de 2023. Entretanto, o Cerrado teve um aumento de 9% no desmatamento no mesmo período, atingindo aproximadamente 7.015 km² desmatados, comparados aos 6.341 km² dos 12 meses anteriores. Segundo o governo, nos últimos quatro meses observou-se uma tendência de queda na supressão de vegetação nativa nesse bioma.
Quais foram as Medidas Efetivas no Combate ao Desmatamento na Amazônia?
De acordo com Marina Silva, a redução significativa no desmatamento é resultado de esforços contínuos com base no Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Este plano, que inclui controle ambiental rigoroso e ordenamento territorial, ajudou a destinar corretamente áreas que ainda não tinham uma designação específica, como unidades de conservação e terras indígenas.
A ministra enfatizou que o objetivo é alcançar o desmatamento zero. A organização territorial é vista como um elemento fundamental nesse processo, ajudando na redução das infrações ambientais em toda a região amazônica e nos estados mais críticos como Pará, Mato Grosso, Amazonas e Rondônia.
Quais os Números Publicados Recentemente?
Os números foram divulgados em uma entrevista coletiva realizada no dia 7 de agosto de 2024. João Paulo Capobianco, secretário-executivo do Ministério do Meio Ambiente, explicou que o mês de julho costuma registrar mais desmatamentos. Contudo, ele destacou que a redução dos alertas é um sinal positivo.
- Queda de 45,7% nos alertas de desmatamento na Amazônia entre agosto de 2023 e julho de 2024
- Desmatamento de 4.314,76 km² registrado pelo Deter
- Aumento de 33% nos alertas em julho de 2024 comparado ao mesmo mês em 2023
Por que o Desmatamento do Cerrado Continua Crescendo?
No Cerrado, o desmatamento segue em alta desde o período 2019/2020. Segundo o Observatório do Clima, isso se deve ao menor controle do governo federal sobre terras privadas e a maior concessão de licenças para corte de vegetação. O Cerrado está sendo desmatado para fins agropecuários, como produção de carne e soja.
Apesar disso, Capobianco afirmou que esforços como o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado (PPCerrado) têm ajudado a controlar a tendência de aumento. “Acreditamos que vamos entrar num ciclo de redução consistente no desmatamento nos próximos anos”, previu.
- Aumento de 9% no desmatamento do Cerrado entre agosto de 2023 e julho de 2024
- Registros indicam 7.015 km² desmatados nesse bioma
- Esforços contínuos para controle e monitoramento estão sendo realizados
Os resultados positivos no combate ao desmatamento na Amazônia são animadores e refletem a importância das políticas públicas e do monitoramento efetivo. Já no Cerrado, o desafio continua, mas há sinais de que esforços estão começando a surtir efeito.