‘Coincidência, né?’, respondeu o chefe do Executivo nesta quarta-feira (6), durante conversa com apoiadores, no Palácio da Alvorada
Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta quarta-feira (6), o presidente Jair Bolsonaro (PL)ironizou a suposta relação do ex-contador do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com a facção criminosa PCC.
“O meu contador não é picareta”, disse o chefe do Executivo. “Ele não trabalha para o PCC!”, exclamou um apoiador. “Coincidência, né?”, respondeu Bolsonaro. O momento foi compartilhado nas redes sociais por um canal de apoiadores do presidente.
Durante a conversa, não foi mencionado o nome do contador, identificado como João Muniz Leite, que administrou as finanças do ex-presidente Lula entre 2013 e 2016, conforme demonstrou reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
No mês passado, a Justiça de São Paulo decretou o sequestro de bens de integrantes do PCC e do contador. A 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro determinou o bloqueio de R$ 40 milhões em imóveis e ônibus de pessoas de dentro da quadrilha e de Leite.
Muniz Leite cuidava da contabilidade de Lula e divide sala com empresas do filho do petista, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha. Segundo denúncia da Polícia Civil de São Paulo, ele é suspeito de lavagem de dinheiro do crime organizado. O contador e a esposa teriam ganho 55 vezes em loterias federais e dividido o valor de um dos prêmios com um traficante de drogas ligado ao PCC.