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Nesta segunda-feira (5/8), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve em Santiago, no Chile, em mais uma viagem diplomática. Durante sua passagem pela capital chilena, um incidente envolvendo um de seus seguranças e uma jornalista chamou a atenção.
⏯️ Segurança puxa jornalista que tentava fazer pergunta a Lula no Chile
— Metrópoles (@Metropoles) August 5, 2024
Lula foi abordado por jornalista em Santiago, onde o presidente cumpriu agenda oficial nesta segunda-feira
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Um vídeo amplamente compartilhado na internet mostra o momento em que Lula caminhava pelas ruas de Santiago, cercado por assessores e seguranças. Duas jornalistas se aproximaram dele, microfones em mãos, numa tentativa de fazer perguntas. Foi então que uma das jornalistas foi puxada pelo ombro por um dos seguranças do presidente.
O que aconteceu durante a abordagem à jornalista?
O incidente ocorreu enquanto Lula se dirigia ao Palácio de La Moneda para uma reunião com o presidente do Chile, Gabriel Boric. No vídeo, é possível ver que a jornalista não estava agressiva ou aparentando qualquer ameaça. Mesmo assim, o segurança agiu de forma rápida, puxando-a pelo ombro para afastá-la do presidente.
A situação gerou críticas e questionamentos sobre a maneira como a segurança presidencial lida com a imprensa. Na tarde da segunda-feira, diversas organizações jornalísticas chilenas e brasileiras se manifestaram contra a atitude do segurança.
Por que o segurança agiu dessa maneira?
Procurada pela nossa reportagem, a Secretaria de Imprensa da Presidência da República tentou minimizar o ocorrido. Segundo a afirmação oficial, a ação do segurança foi necessária porque a jornalista não estava credenciada para a cobertura do evento. Dessa forma, o agente de segurança não tinha nenhuma garantia sobre a identificação dela como jornalista.
Além disso, foi ressaltado que não havia previsão de os jornalistas abordarem Lula naquele momento específico. Isso gerou um clima de incerteza e precaução por parte da equipe de segurança.
Quais foram as reações ao incidente?
As reações à abordagem do segurança foram imediatas. A imprensa chilena cobriu o incidente exaustivamente, questionando não só a atitude do segurança, mas também a relação do governo brasileiro com a imprensa. Diversos jornalistas e entidades de classe se manifestaram sobre o assunto. Emissoras de TV e jornais no Chile e no Brasil dedicaram grande parte de seus noticiários ao caso.
- Entidades jornalísticas: As principais entidades de imprensa tanto do Chile quanto do Brasil emitiram notas de repúdio contra a ação do segurança.
- Redes Sociais: Usuários das redes sociais expressaram suas opiniões, com a maioria se mostrando contrária à atitude da segurança presidencial.
- Manifestos: Jornalistas presentes em Santiago protestaram durante o restante da cobertura, usando crachás e fitas pretas em sinal de luto pela liberdade de imprensa.
Qual é o impacto do incidente na percepção pública?
O incidente trouxe à tona uma série de debates sobre liberdade de imprensa e a relação entre governo e jornalistas. O comportamento dos seguranças de Lula levantou questões sobre o respeito às liberdades individuais e ao trabalho da mídia, especialmente em momentos de tensão e precaução extrema.
Embora a Secretaria de Imprensa tenha afirmado que não houve agressão intencional, o episódio seguiu repercutindo e gerando discussões amplas nas redes sociais e canais de notícias. A volta de Lula ao Brasil está prevista para esta terça-feira, mas o descontentamento deixado por sua segurança no Chile pode ter um impacto duradouro.
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso, mas o espaço permanece aberto para manifestações. É importante acompanhar como essas discussões evoluirão nas próximas semanas.