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A líder da oposição venezuelana, Maria Corina Machado, reafirmou seu compromisso com a resistência pacífica em meio à crise política no país. Durante as manifestações ocorridas neste sábado (3), Machado pediu à população que adote um comportamento diferenciado em relação ao governo de Nicolás Maduro, focando em protestos pacíficos.
Em seu discurso, a líder opositora enfatizou que a violência não será utilizada como um meio para contestar os resultados eleitorais que teriam favorecido Maduro. Para a oposição, o verdadeiro vencedor das eleições foi Edmundo González, e não Maduro, como declarou o Conselho Nacional Eleitoral (CNE).
Manifestações pacíficas na Venezuela
Durante as manifestações, Maria Corina Machado destacou a importância de manter os protestos pacíficos e exortou a população a evitar provocações. Segundo ela, o governo de Maduro utiliza a violência como último recurso, mas a verdade prevalecerá sem a necessidade de confrontos violentos.
Machado chegou ao local do protesto de caminhão, acompanhada por outros líderes da oposição. A ausência de Edmundo González Urrutia, candidato da oposição, foi notada, mas não desanimou os manifestantes que gritavam: “Não temos medo”.
A liderança da oposição não reconheceu os resultados eleitorais anunciados pelo CNE, que declarou Maduro vencedor com 51,95% dos votos. Em contrapartida, uma contagem paralela realizada pela oposição declarou Edmundo González como vencedor com 67% dos votos.
A oposição e diversos países da comunidade internacional, incluindo Estados Unidos, Panamá, Costa Rica, Peru, Argentina e Uruguai, pedem uma divulgação transparente das atas eleitorais. Alegam que o regime venezuelano distorceu os resultados em seu favor.
Reações internacionais
O impasse eleitoral na Venezuela ganhou atenção internacional. Brasil, Colômbia e México emitiram uma nota conjunta pedindo a resolução do impasse pelas “vias institucionais” e cobram uma apuração imparcial que respeite a soberania popular.
- Estados Unidos: Declararam apoio à oposição e contestaram os resultados anunciados pelo CNE.
- Panamá e Costa Rica: Exigiram transparência e a divulgação das atas eleitorais.
- Peru e Uruguai: Assinaram documentos reconhecendo a vitória de Edmundo González segundo a contagem paralela.
- Brasil e Colômbia: Pediram uma solução pacífica e institucional para o impasse.
O que esperar dos próximos dias?
Com a tensão política aumentando, Maria Corina Machado continua sendo uma figura central na luta contra o governo de Nicolás Maduro. Em seu discurso, ela destacou que a oposição possui “legitimidade” e que todo o mundo está observando.
Os próximos passos da oposição incluirão a constante pressão por transparência e pela divulgação das atas eleitorais, além de mobilizações pacíficas. Maria Corina afirmou que já sabia que o reconhecimento de uma vitória seria complicado, mas exortou fiscais eleitorais e a população a resistirem à repressão.
Por enquanto, a crise política na Venezuela está longe de ser resolvida, mas a posição firme e pacífica de Maria Corina Machado pode trazer novos desdobramentos. A comunidade internacional permanece atenta e espera uma resolução que respeite a vontade do povo venezuelano.