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De acordo com informações recentes, o estado de Pernambuco registrou o primeiro óbito fetal relacionado à Febre do Oropouche (FO). Este ocorrido envolve uma gestante de 28 anos, que estava na 30ª semana de gestação. O caso trouxe à tona a seriedade da doença e a importância da vigilância epidemiológica no Brasil.
Na última semana, o Brasil também reportou duas mortes pela mesma doença na Bahia, ocorridas entre maio e junho deste ano. Estas foram as primeiras mortes de mulheres adultas brasileiras, destacadas pelo Ministério da Saúde como inéditas na literatura científica mundial. A confirmação do óbito fetal considerou vários indicadores, incluindo exames RT-PCR e imunohistoquímicos.
Ministério da Saúde e a febre do Oropouche
A Febre do Oropouche é uma doença transmitida principalmente através de mosquitos. Após picar um infectado, eles carregam o vírus e podem transmiti-lo a outras pessoas saudáveis. O Ministério da Saúde identifica dois ciclos de transmissão: o ciclo silvestre e o ciclo urbano.
O que é a febre do Oropouche e quais os sintomas?
A infecção pelo vírus Oropouche pode ser semelhante a outras arboviroses como a dengue e a chikungunya. Os sinais incluem:
- Dor de cabeça
- Dor muscular
- Dor nas articulações
- Náusea
- Diarreia
Além disso, embora complicações mais graves como meningite e encefalite sejam raras, elas são possíveis.
Como prevenir
Dado que não existe tratamento específico para a Febre do Oropouche, a prevenção é a melhor defesa. As práticas recomendadas incluem:
- Evitar áreas com alta densidade de mosquitos
- Usar roupas que cubram a pele e aplicar repelentes
- Manter a casa limpa, evitando água parada e acúmulo de folhas
Situação atual no Brasil
Até agora, oito casos de transmissão vertical estão sob investigação, distribuídos entre Pernambuco, Bahia e Acre. Quatro desses casos resultaram em óbito fetal, enquanto os restantes apresentaram anomalias congênitas, como microcefalia. O aumento na detecção dos casos se deve à distribuição de testes diagnósticos pelo Ministério da Saúde para todos os Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen) do Brasil.
Este novo protocolo visa testar todos os casos negativos para dengue, Zika e chikungunya também para Oropouche, uma estratégia anteriormente restrita aos estados da região Amazônica. Isso destaca a importância de uma vigilância epidemiológica robusta e um esforço coordenado para enfrentar essa ameaça à saúde pública.
Medidas tomadas pelo Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde está trabalhando em estreita colaboração com as secretarias estaduais e especialistas de saúde para investigar e confirmar a relação entre a Febre do Oropouche e os casos severos reportados. A nova estratégia de testes permite uma melhor compreensão e controle da circulação do vírus no país.
Em resumo, a confirmação do primeiro óbito fetal e o crescente número de casos de transmissão vertical chamam a atenção para a necessidade contínua de medidas preventivas e vigilância. Enquanto não há tratamento específico disponível, a prevenção e a notificação obrigatória permanecem como principais ferramentas no combate à Febre do Oropouche.