A campanha de Lula (PT) à Presidência pediu a censura e o bloqueio da plataforma de mídia Brasil Paralelo, empresa que produz documentários e promove cursos na internet. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral foi protocolada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no domingo (15).
Na petição, junto à solicitação de investigação dos empresários e sócios da produtora, com a quebra de sigilo bancário, telefônico e telemático de Henrique Viana, Lucas Ferrugem e Filipe Valerim, os advogados de Lula pedem a censura prévia do documentário “Quem mandou matar Jair Bolsonaro”, que será lançado pela empresa no próximo dia 24.
Eles pedem também a retirada do ar do vídeo “Quem mandou matar Celso Daniel”, além da suspensão de todo e qualquer tipo de impulsionamento de conteúdo político que “favoreça o candidato à reeleição Jair Bolsonaro ou que prejudique Lula”, até o encerramento das eleições.
Os advogados petista alegam que, ao analisar as páginas e perfis virtuais que interagem e se envolvem com a disseminação de informações supostamente falsas sobre Lula, seria possível observar “a aplicação de vultosos recursos financeiros para produção e circulação de informações contrárias a Lula e favoráveis ao atual candidato à reeleição”.
A Brasil Paralelo, pelo fato de produzir conteúdo crítico ao PT, com recursos próprios, estaria, na visão do PT, causando algum tipo de risco à democracia.
Em nota, a Brasil Paralelo alertou que, caso o pedido seja aceito pelo TSE, “seria o maior caso de censura da história recente do país”.
A produtora também se colocou “à disposição da justiça para prestar qualquer esclarecimento ou apresentar documentação que possa auxiliar na busca da verdade e na desfeita de quaisquer ruídos provocados por mais este lamentável episódio”.
Gazeta Brasil