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A cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2024, realizada na noite de sexta-feira (26) em Paris, França, chocou muitos ao apresentar uma mistura de cultura francesa e uma arte que foi considerada blasfema por grande parte da comunidade cristã ao redor do mundo. Este evento, que deveria celebrar a união e a paz através do esporte, acabou gerando uma grande controvérsia.
Entre as reações mais impactantes está a retirada de apoio da C Spire, uma empresa de telecomunicações e tecnologia sediada no Mississippi. A companhia anunciou em uma postagem na plataforma X que estava retirando todos os seus anúncios das Olimpíadas devido a uma paródia da famosa pintura “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci.
Paródia de “A Última Ceia”
O espetáculo de quatro horas foi realizado ao longo do rio Sena e contou com a participação de estrelas globais como Celine Dion e Lady Gaga, figuras icônicas na comunidade queer. O segmento mais polêmico da noite envolveu drag queens como Nicky Doll, Paloma, Piche e Giselle Palmer, em um espetáculo de desfile de moda.
As drag queens inicialmente ficaram ao lado da passarela observando os modelos, mas posteriormente se juntaram ao desfile exibindo seu próprio estilo. Entre as performances, uma cena evocava a famosa pintura “A Última Ceia” de Leonardo da Vinci, com os artistas em uma configuração que lembrava Jesus Cristo e seus apóstolos. Esta parte do espetáculo atraiu uma atenção significativa e reações mistas.
A reação à performance foi imediata. “Ficamos chocados com a paródia da Última Ceia durante a cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris”, afirmou a C Spire em sua postagem. “A C Spire retirará nossa publicidade das Olimpíadas.” Esta decisão ressoou entre diversos espectadores e gerou uma onda de apoios e críticas nas redes sociais.
O governador do Mississippi, Tate Reeves, manifestou seu apoio à decisão da C Spire. “Estou orgulhoso de ver o setor privado do Mississippi tomar uma posição,” escreveu na plataforma X. “Deus não será zombado. A C Spire traçou uma linha sensata e apropriada.”
Reações do público
A repercussão pública variou de condenação a apoio. Um usuário postou na plataforma X que a cerimônia de abertura “foi horrível e cheia de blasfêmia.” Outro afirmou: “Há mais de 2 bilhões de cristãos no mundo, muitos dos quais amam assistir aos jogos. Por que fazer piada e abrir com isso?”
Por outro lado, ainda houve quem elogiasse a criatividade e a ousadia da apresentação, considerando-a uma forma de arte expressiva e inclusiva. Um usuário escreveu: “Estou realmente envergonhado em nome da França, esta vai ser lembrada como a pior cerimônia de abertura da história.”
Impacto na imagem dos Jogos Olímpicos
A controvérsia gerada pela cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de 2024 em Paris colocou uma nuvem sobre um evento que tradicionalmente promove a união e a diversidade. A mistura de arte, cultura e elementos provocativos trouxe à tona debates sobre respeito e blasfêmia, mostrando que, enquanto a arte tem o poder de unir, ela também pode dividir.
À medida que os Jogos prosseguem, resta ver como a organização lidará com as repercussões e se outras empresas seguirão o exemplo da C Spire, questionando como eventos globais devem balancear entre liberdade artística e respeito pelas diversas crenças.
Se há algo para aprender com esta controvérsia é que, no palco mundial, todas as ações estão sob os refletores, e a responsabilidade de quem cria e quem financia é observada atentamente por olhos de todo o mundo.