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O Ministério Público de Saint-Etienne, na França, penalizou um funcionário da seleção feminina de futebol do Canadá a oito meses de prisão por usar um drone para filmar o treino a portas fechadas da seleção da Nova Zelândia. O Comitê Olímpico Canadense (COC) realizou um pedido formal de desculpas pelo ocorrido.
Segundo a promotoria do município, na segunda-feira, 22, a polícia foi “informada pelo supervisor do centro olímpico de treinamento de Saint-Etienne da presença de um drone voando acima do estádio”, fato que tinha sido informado posteriormente pelo técnico da seleção neozelandesa, que chegou a suspender os treinos.
Penalização do funcionário
A polícia deteve o piloto do drone, que era um cidadão canadense de 43 anos. Após ser preso, o suspeito, que não teve a identidade revelada, alegou que “ele era um treinador de jogadores de futebol no Canadá e que estava na França para atuar como analista esportivo independente, trabalhando para a federação canadense”, disse a promotoria em um comunicado.
Na presença do advogado, ele admitiu os fatos e aceitou a sentença. O drone foi localizado no quarto de hotel do suspeito, junto com outros eletrônicos. Tudo foi apreendido. Além dele, o assistente técnico da equipe canadense também foi interrogado.
Reação do Comitê Olímpico Canadense
Os chefes do Comitê Olímpico Canadense reconheceram que “um membro não credenciado da equipe de apoio do time de futebol do Canadá foi detido pelas autoridades francesas” após uma reclamação feita pelo time da Nova Zelândia.
Em um comunicado, a delegação disse estar chocada e decepcionada com o caso e que “defende o jogo limpo”. “Oferecemos as nossas sinceras desculpas ao time da Nova Zelândia, a todas as jogadoras afetadas e ao Comitê Olímpico da Nova Zelândia. Estamos reavaliando os próximos passos com o Comitê Olímpico Internacional”, disse.
Repercussões e consequências para a equipe
Depois, o COC anunciou que dois membros da equipe foram enviados para casa. A treinadora Bev Priestman negou qualquer envolvimento no esquema, mas disse que iria “se afastar” do primeiro jogo.
“Independentemente dos detalhes, eu sou o responsável final por esta equipe. De forma alguma eu dirigi os indivíduos… Ainda estou entendendo os detalhes e, obviamente, tudo isso está se desenrolando. Mas, novamente, acho que o importante agora é olhar para frente, colocar as ações em prática e tomar as sanções”, disse Priestman na tarde de quarta-feira, 24, após um treino da equipe, segundo o jornal The Guardian.
Impacto para a Seleção da Nova Zelândia
Já o Comitê da Nova Zelândia disse estar “profundamente chocado e desapontado”. “Os membros de apoio da equipe relataram imediatamente o incidente à polícia, o que levou que o piloto do drone, identificado como membro da equipe de apoio do time de futebol feminino canadense, fosse detido”, informou em nota.
Posição do Comitê Olímpico Internacional
Segundo eles, o caso foi registrado no Comitê Olímpico Internacional. Os times se enfrentaram nesta quinta-feira, 25, com vitória do Canadá, por 2 a 1.
A situação trouxe uma grande repercussão no ambiente esportivo, reforçando a importância de manter a ética e o fair play em todas as competições, especialmente no cenário olímpico.