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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) fez uma declaração impactante nesta quinta-feira (25) durante um comício em Caxias do Sul (RS). Segundo Bolsonaro, o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o Supremo Tribunal Federal (STF) estariam tomando medidas que facilitam seu possível assassinato, comparando sua situação ao atentado sofrido pelo ex-presidente dos EUA, Donald Trump. A polêmica discussão trouxe à tona diversas questões sobre a segurança e os direitos dos ex-presidentes no Brasil.
Bolsonaro afirmou que Lula teria retirado dele dois carros blindados que ele usava. Porém, pela legislação vigente, ex-presidentes têm direito apenas a veículos comuns, sem blindagem. Ele também mencionou a remoção de quatro assessores de sua segurança devido a medidas cautelares. A Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom), por sua vez, esclareceu que Bolsonaro continua utilizando os dois veículos a que tem direito e que as nomeações dos servidores estão sendo feitas conforme suas prerrogativas.
Bolsonaro e a segurança dos ex-Presidentes
Mas, afinal, o que está por trás das declarações de Bolsonaro sobre sua segurança? De acordo com o ex-presidente, a retirada dos veículos blindados e dos assessores de segurança representa uma ação direta para expô-lo a riscos maiores. Ele acredita que essas medidas fazem parte de um plano maior para facilitar seu assassinato.
Bolsonaro baseia suas alegações no fato de que, durante seu mandato, ele tinha direito a veículos blindados e uma equipe completa de seguranças. No entanto, segundo a Secom, a legislação atual não prevê essa extensão de segurança para ex-presidentes. Os veículos fornecidos são comuns, e as nomeações seguem critérios específicos.
Como a retirada dos blindados afeta a segurança de Bolsonaro?
Em suas declarações, Bolsonaro foi enfático ao afirmar que a remoção dos blindados e a redução da equipe de segurança aumentam significativamente seus riscos. Ele pondera que, sem os dois carros blindados, sua vulnerabilidade em situações do dia a dia é muito maior, especialmente com a tensão política atual.
- Veículos blindados têm capacidade de proteção contra balas e explosões.
- Seguranças treinados podem identificar e neutralizar ameaças com maior eficácia.
- Uma equipe reduzida pode não ser suficiente para garantir a proteção em eventos públicos ou de rotina.
O caso do porte de arma de Carlos Bolsonaro
Outro ponto levantado por Jair Bolsonaro foi a decisão da Polícia Federal (PF) de não renovar o porte de arma de seu filho, o vereador Carlos Bolsonaro (PL). Ele vê essa decisão como mais uma manobra para enfraquecer a segurança de sua família. Em um contexto de alta polarização política e ameaças crescentes, a questão do porte de armas se torna ainda mais crítica.
Essa situação levanta várias perguntas sobre a real eficácia das medidas de segurança para ex-presidentes e suas famílias. A legislação atual cobre adequadamente essas necessidades, ou há lacunas que precisam ser preenchidas?
A política como espelho dos EUA
Bolsonaro também comentou sobre o paralelo entre a política brasileira e a norte-americana. Ele avalia que o Brasil está seguindo um padrão semelhante ao dos Estados Unidos nos últimos anos, especialmente em termos de polarização e divisões políticas.
Em sua visão, o que acontece nos EUA reflete diretamente no Brasil. Bolsonaro previu, inclusive, a eleição de Donald Trump este ano, o que, segundo ele, teria impactos significativos também na política brasileira.
Embora as declarações de Bolsonaro possam causar reações diversas, é imprescindível observar o contexto em que são feitas e as implicações mais amplas para a segurança e a política brasileira.