Conclusão é do ministro Benedito Gonçalves, que deseja ouvir o funcionário
Foto: Divulgação | Paulo Dantas foi eleito governador de Alagoas
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) revelou que existem “indícios” de proximidade entre o governador de Alagoas e candidato à reeleição, Paulo Dantas (MDB), e um integrante do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE-AL).
A conclusão é do ministro Benedito Gonçalves, que deseja ouvir o funcionário sobre uma acusação de parcialidade ao julgar casos envolvendo o governador. Gonçalves mandou Maurício Cesar Breda Filho se manifestar sobre uma acusação de que estaria sendo parcial ao analisar casos envolvendo o grupo político de Paulo Dantas (MDB) e do senador Renan Calheiros (MDB). O parlamentar é um dos mais fortes aliados de Dantas.
De acordo com o TSE, a acusação foi feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), rival local do grupo de Renan. Lira acusa Breda de ter quebrado o dever de imparcialidade ao supostamente ter favorecido Paulo Dantas.
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu, com maioria absoluta, afastar o governador de Alagoas e candidato à reeleição, Paulo Dantas (MDB). A decisão foi proferida nesta quinta-feira, 13, por 10 votos a 2. Desta forma, os ministros mantiveram a decisão da ministra Laurita Vaz, que retirou Dantas do cargo na terça-feira 11. O governador deve ficar afastado até 31 de dezembro, término de seu mandato.
A decisão do plenário foi tomada em uma sessão extraordinária. Dantas foi alvo da Operação Edema, do Ministério Público Federal e da Polícia Federal (PF) no Estado, por ser suspeito de comandar um esquema de corrupção na Assembleia Legislativa. O plenário pode ratificar a decisão de Laurita Vaz, relatora do caso. A magistrada autorizou as medidas cautelares solicitadas pelo Ministério Público Federal (MPF).
O governador de Alagoas é apoiado por Lula (PT) e pelo senador Renan Calheiros (MDB). Em 2 de outubro deste ano, Dantas partiu para o segundo turno das eleições, com 46,64% dos votos, deixando Rodrigo Cunha (União Brasil), nome apoiado por Jair Bolsonaro (PL) e pelo deputado Arthur Lira (PP), em segundo lugar. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não se manifestou sobre a continuidade de Dantas no pleito.