Na última semana, o ex-BBB e humorista Nego Di foi detido sob suspeita de estelionato, um acontecimento que reverberou fortemente nas redes sociais e na mídia. O incidente desencadeou uma série de investigações relacionadas a supostos golpes que teriam lesado centenas de consumidores através de uma loja virtual de sua propriedade.
Nego Di, cujo nome real é Dilson Alves da Silva Neto, foi capturado em Florianópolis, mas atualmente está recluso em Canoas, Rio Grande do Sul. O humorista é acusado de aplicar fraudes eletrônicas, que, segundo relatórios policiais, envolveram grandes quantias de dinheiro e afetaram numerosos clientes desprevenidos.
O assunto viralizou nas redes sociais, e a foto do registro dele na polícia, chamada mugshot, foi divulgada na internet. Na imagem, o ex-bbb aparece com o uniforme laranja e não esboça reação de tristeza ou medo ao ser clicado para o registro policial.
Como Funcionava o Golpe?
As investigações apontaram que Nego Di e sua equipe utilizavam a plataforma de e-commerce “Tadizuera” para realizar vendas de produtos que jamais eram entregues. Promessas de estorno não cumpridas e a ausência de suporte adequado ao cliente completam o cenário das acusações enfrentadas pelo influencer.
Pelo menos 370 pessoas teriam sido lesadas, com prejuízos que ascendem a R$ 5 milhões. O caso de uma das vítimas, que comprou 33 aparelhos de ar-condicionado destinados à revenda para custear um tratamento médico e nunca os recebeu, ilustra o desespero e a frustração enfrentados pelos consumidores. Este cliente em particular chegou a contrair um empréstimo para fazer a aquisição, aumentando ainda mais o impacto do golpe em sua vida financeira e pessoal.
Além das acusações de estelionato, Nego Di e sua esposa também enfrentam investigações por lavagem de dinheiro e fraude tributária. Um episódio que chamou atenção foi a alegada doação de R$ 1 milhão no contexto das enchentes no Rio Grande do Sul, valor que, conforme investigações, na verdade, tratava-se apenas de um Pix de R$ 100. Esse contraste entre o anunciado e o efetivamente doado levantou suspeitas e adicionou mais uma camada de complicação ao caso.