Foto: Reprodução/SEAPEC via Fotos Públicas
Uma megaoperação intitulada “Rei do Gado” foi desencadeada recentemente pela Receita Federal e pelo Ministério Público do Maranhão, trazendo à luz um dos maiores esquemas de sonegação fiscal já vistos no país. Esta iniciativa veio combater de frente as práticas ilícitas envolvendo a comercialização de quase meio milhão de bovinos.
No cerne dessa operação, as autoridades descobriram transações que somam aproximadamente R$ 1,4 bilhão em vendas de gado, envolvendo notas fiscais aparentemente fraudulentas. Esse volume de vendas ilícitas não só viola a legalidade mas suga recursos essenciais que poderiam beneficiar a sociedade como um todo.
O que foi descoberto na Operação Rei do Gado?
A operação veio à tona na última quarta-feira e revelou números impressionantes. Estima-se que cerca de R$ 300 milhões em tributos não foram recolhidos aos cofres públicos, afetando diretamente o sistema tributário nacional. Durante a ação, diversos bens dos envolvidos, incluindo quantias consideráveis em moeda estrangeira, foram apreendidos.
Foto: Reprodução/Receita Federal
Como funcionava o esquema de sonegação?
Segundo informações divulgadas, o esquema baseava-se na emissão de 6.947 notas fiscais inidôneas de julho de 2020 a abril de 2023. Essas notas eram falsamente atribuídas a indivíduos interpostos, conhecidos no jargão policial como “laranjas”, que ajudavam a mascarar a origem ilícita do gado, que supostamente vem de situações onde os produtores rurais não reportaram receitas de maneira apropriada.
Quem está envolvido nesta rede de fraude?
O esquema estaria estruturado em quatro principais núcleos: servidores públicos, contadores, laranjas (junto com os líderes) e os compradores ou transportadores de gado. Cada grupo tinha funções específicas, desde alterar dados em sistemas oficiais até a movimentação efetiva dos animais utilizando guias de trânsito animal falsificadas.
Diligências foram realizadas em mais de 50 endereços distribuídos por diversos estados, incluindo São Paulo, Minas Gerais e Brasília. A ação abrangente demonstra o comprometimento das autoridades em erradicar as práticas corruptas que minam a estrutura fiscal do país.
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- Servidores Públicos: Manipulação de dados e fabricação de documentos oficiais falsos.
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- Contadores: Emissão de notas fiscais baseadas em documentos fraudulentos.
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- Laranjas e Líderes: Figuras centrais no encobrimento das operações ilícitas.
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- Compradores e Transportadores: Revenda e movimentação de gado utilizando notas fiscais fraudulentas.
Esta operação não só destaca a sofisticação e a audácia dos esquemas de sonegação em curso no Brasil, como também reforça a necessidade de vigilância e severidade nas punições para coibir esse tipo de crime. A Operação “Rei do Gado” é um passo significativo na luta contra a corrupção e a sonegação fiscal, pilares de uma sociedade mais justa e equitativa.