Em uma medida temporária proposta pelo Ministério da Saúde, o acesso ao antiviral Paxlovid, produzido pela Pfizer, foi ampliado no Sistema Único de Saúde (SUS). A partir de agora, qualquer pessoa acima dos 18 anos e em risco elevado de desenvolver formas graves de covid-19 poderá fazer uso deste tratamento. Antes, a prescrição do medicamento estava restrita apenas aos indivíduos acima dos 65 anos e com alto risco.
A iniciativa surge como uma resposta ao vencimento iminente de lote específico do medicamento, cujo prazo expira em 31 de julho de 2024. Esta medida busca evitar o desperdício e otimizar o uso de um recurso tão essencial no combate à pandemia, sendo válida apenas enquanto durarem os estoques deste lote.
O que muda com a nova diretiva sobre o Paxlovid?
A longa e contínua luta contra a covid-19 ganha um novo capítulo com a revisão temporária na política de distribuição do Paxloid. Segundo nota técnica 13/2024-SVSA/MS, o tratamento agora deverá ser considerado para uma faixa etária mais ampla, desde que haja confirmação laboratorial da doença e indicação médica precisa.
O Paxlovid é eficaz contra a covid-19?
Em estudos recentes promovidos pela Pfizer, o Paxlovid demonstrou ser um forte aliado na prevenção de hospitalizações e óbitos decorrentes da covid-19. O medicamento, que combina os antivirais nirmatrelvir e ritonavir, mostrou uma eficácia de 89% na redução de casos graves, apresentando benefícios notáveis especialmente em idosos e pacientes imunossuprimidos.
Adotado pelo SUS em 2022, o Paxlovid deve ser utilizado sob rigoroso critério médico. A administração do fármaco consiste na ingestão diária de duas doses de 400 mg cada, durante um período de cinco dias. Contudo, a Anvisa salienta que o uso do medicamento não deve ultrapassar este prazo, além de não ser indicado para gestantes ou indivíduos com grave insuficiência renal.