Foto: Mike Finn/Via Wikimedia Commons
Um recente levantamento realizado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor, conhecida como Proteste, trouxe à tona uma descoberta surpreendente sobre produtos tão comuns quanto o pão de forma. O estudo revelou que várias das principais marcas de pão de forma contêm quantidades de álcool que poderiam, teoricamente, resultar em um teste positivo para embriaguez em um bafômetro após sua ingestão.
Esta informação é especialmente crucial para motoristas, que poderiam enfrentar sérias consequências legais ao dirigir após consumir determinadas marcas deste produto. A Proteste examinou dez das principais marcas disponíveis no mercado brasileiro, incluindo nomes conhecidos como Pullman e Bauducco, entre outros.
Como foi Realizado o Estudo sobre o Álcool no Pão de Forma?
O estudo avaliou dez populares marcas de pão de forma, descobrindo que seis delas continham teores de álcool que, se fossem aplicados a bebidas, as classificariam como alcoólicas. Curiosamente, essa descoberta de álcool nos pães decorre principalmente do método de conservação utilizado, que envolve a utilização de álcool anti-mofo para prolongar a durabilidade do produto.
Quais Marcas Apresentaram Maiores Níveis de Álcool?
- Bauducco: 1,17%
- Visconti: 3,37%
- Panco: 0,51%
- Plusvita: 0,16%
- Seven Boys: 0,50%
- Wickbold 5 zeros: 0,89%
- Wickbold Leve: 0,52%
- Wickbold Sem Glúten (SG): 0,66%
- Wickbold: 0,35%
- Pullman: 0,05%
Qual o Risco de Embriaguez ao Volante Após Consumir Pão de Forma?
Segundo análises feitas pela Proteste, o risco de um motorista ser enquadrado em um teste de embriaguez após o consumo de duas fatias de algumas marcas de pão é consideravelmente alto. Marcas como Visconti e Bauducco mostraram números especialmente preocupantes.
Os especialistas alertam que, mesmo sem a intenção de consumir álcool, motoristas podem se encontrar em uma situação comprometedora perante a lei ao dirigir após o consumo desses produtos. Por comum que pareça, o pão de forma poderia colocar os motoristas inadvertidamente em risco de cometer um crime de trânsito.
Resposta das Empresas Envolvidas
As empresas citadas no estudo já começaram a responder às implicações do relatório da Proteste. Panco e Grupo Wickbold, por exemplo, expressaram suas preocupações e destacaram que estão investigando os resultados e métodos do estudo. A Pandurata Alimentos, detentora das marcas Bauducco e Visconti, reforçou que seus produtos seguem padrões rigorosos de segurança alimentar.
Observa-se, portanto, uma necessidade crescente de revisar as práticas de fabricação e os níveis de álcool residuais em alimentos, levando em consideração não apenas a segurança alimentar, mas também as possíveis repercussões legais para os consumidores.