Recentemente, tem-se observado um movimento significativo por parte da União Europeia em fortalecer a regulamentação do ambiente digital. A rede social X, anteriormente conhecida como Twitter e agora sob a gestão de Elon Musk, está enfrentando pressões regulatórias crescentes. Autoridades da UE preparam-se para emitir uma advertência formal à plataforma por falhas na gestão de conteúdos considerados perigosos.
O comissário do Mercado Interno, Thierry Breton, é esperado para formalizar a advertência antes do período de recesso de verão da UE, marcando assim a terceira grande iniciativa contra gigantes tecnológicos nas últimas semanas.
A potencial advertência é parte de um exame detalhado sobre como as grandes plataformas gerenciam o conteúdo que veiculam. Se a rede social X não conseguir implementar as mudanças exigidas pelas diretrizes iniciais da Comissão Europeia, ela pode enfrentar consequências sérias antes do final deste ano, incluindo multas que podem chegar até 6% de sua receita total.
DSA e DMA
A Lei de Serviços Digitais (DSA) e a Lei de Mercados Digitais (DMA) são dois robustos regulamentos implantados pela UE para supervisionar a operação de plataformas digitais. A DSA, que entrou em vigor em agosto do ano passado, estabelece um rígido conjunto de regras sobre o conteúdo veiculado pelas mídias sociais e outros serviços online, visando combater a desinformação e conteúdos problemáticos, como discursos de ódio e propaganda terrorista.
Por outro lado, a DMA, que foi implementada a partir de 7 de março, busca regular as práticas de mercado e evitar condutas anti-competitivas no ambiente digital. Essa legislação representa uma evolução das décadas de aplicação da lei antitruste na economia digital, com o objetivo de prevenir práticas abusivas e garantir um campo de atuação equitativo para novos e antigos competidores.
Impacto da DSA e DMA nas grandes plataformas tecnológicas
A aplicação destas leis já resultou em ações contra outras grandes empresas. Recentemente, a Apple Inc. e a Meta foram alvo de avisos formais pela UE, que as acusou de práticas de mercado injustas em conformidade com a DMA. Essa pressão regulatória reflete uma tendência global crescente de maior escrutínio sobre as operações e influência das corporações tecnológicas no cotidiano das pessoas.
Essa fase de intensa regulamentação e fiscalização pode ser vista como uma resposta a uma era de relativa liberdade operacional dessas empresas, que agora são obrigadas a adaptar suas operações a um quadro legal muito mais estrito na Europa.