Membros da bancada do Pacto Histórico, a coalizão que sustenta o presidente esquerdista Gustavo Petro (foto) no Congresso da Colômbia, receberam nesta quinta-feira (6) uma proposta de “regulação” da mídia que pode resultar em censura à imprensa, informa a revista Semana.
As associações de “mídia alternativa” que defendem o projeto dizem que sua intenção é fortalecer a imprensa comunitária e alternativa, a acessibilidade na internet e o que chamam de “democratização da informação”, eufemismo esquerdista clássico para “censura”.
Entre as ideias do projeto está dividir o espectro eletromagnético (ou seja, as frequências de transmissão de rádio e TV) em “partes iguais” para a mídia institucional, a pública e a privada, cabendo 33,3% a cada uma delas —o que diminuiria a participação da iniciativa privada.
Os ditos meios de comunicação alternativos também querem ter direito a um percentual de publicidade equivalente aos da mídia tradicional e pública e defendem a cobrança de uma taxa de 1% da renda bruta mensal de serviços de streaming como Netflix, Amazon e HBO.
“O alerta está ligado porque isso poderia provocar uma grande mudança nos meios de comunicação como eles são atualmente e não garantiria maior pluralidade, principalmente quando se sabe que existem vários meios ‘alternativos’ subscritos a uma causa política e uma agenda clara”, escreve a Semana.
Os convidados do encontro com as associações de mídia foram todos do Pacto Histórico e de outros partidos de esquerda. Embora o projeto possa interessar ao governo de Petro, é uma “batata quente” que mesmo a coalizão governista não parece disposta a segurar, diz a revista.
Créditos: O Antagonista.