Nesta sexta-feira, dia 5 de julho, durante a inauguração parcial de um novo campus da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) localizado em Osasco, uma confusão envolveu membros do Movimento Brasil Livre (MBL) e outros participantes do evento. A coordenadora nacional do MBL, Amanda Vettorazzo, alegou ter sido agredida após protestos contra o ex-presidente Lula, que estava presente no evento.
Vídeos circularam nas redes sociais mostrando o momento em que ocorreram os desentendimentos. Segundo relatos, os membros do MBL foram atacantes depois de entoarem gritos de “Lula ladrão”. O grupo acabou sendo escoltado para fora do local, enquanto recebia uma série de chutes. Diante dos fatos, Amanda Vettorazzo registrou um boletim de ocorrência denunciando a agressão.
Coordenadora do MBL é agredida em evento com Lulahttps://t.co/lFN7MTIQt3. pic.twitter.com/O4Xs8hptZk
— O Antagonista (@o_antagonista) July 5, 2024
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva utilizou a ocasião para falar sobre a história do estado de São Paulo, referindo-se especialmente à Revolução Constitucionalista de 1932. Lula destacou como, após a derrota militar, São Paulo foi pioneiro na promoção da educação ao fundar a Universidade de São Paulo (USP) em 1934.
A agressão
Segundo Amanda Vettorazzo, a situação vivida não foi apenas um ato isolado de violência, mas também um desrespeito às liberdades democráticas. “Um desrespeito que eu não aceito. Tenho todo direito de me manifestar contrária a este desgoverno ou questionar o homem público que está na cadeira mais importante do país”, declarou ela em uma entrevista após o ocorrido. A questão levanta dúvidas importantes sobre a segurança e liberdade de expressão em eventos com figuras públicas.
Os desdobramentos desse episódio são uma clara indicação de que, mesmo em eventos que deveriam ser marcados pela civilidade e discussões produtivas, ainda existem desafios significativos na garantia de respeito às diferentes perspectivas políticas na sociedade brasileira.