O recém-divulgado indiciamento de Jair Bolsonaro agitou o cenário político brasileiro, gerando um onda de críticas por parte de seus aliados. Vinculadas à investigação estão acusações de peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro, que agora passam para análise da Procuradoria-Geral da República.
As reações não demoraram a surgir. Lideranças próximas ao ex-presidente, como o senador Flávio Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto, presidente do Partido Liberal (PL), manifestaram duro repúdio às ações da Polícia Federal. Esta situação fomenta um debate acalorado sobre a legalidade e a motivação política por trás das acusações.
O que dizem os aliados sobre o indiciamento de Bolsonaro?
Flávio Bolsonaro, expressando indignação, afirmou que o indiciamento é uma ação de perseguição política. Segundo ele, “esse pequeno grupo de policiais” está usando a estrutura do Estado para atacar injustamente seu pai. Ele reforçou que, no caso das joias referidas, “sequer há crime”.
Por outro lado, Valdemar da Costa Neto mostrou-se confiante de que o caso será arquivado, minimizando os possíveis impactos eleitorais e argumentando que as acusações apenas elevam a figura de Bolsonaro no cenário político. “O eleitorado dele é esclarecido e entende que se trata de uma perseguição”, declarou.
Qual a natureza dos itens associados ao indiciamento?
Entre os itens supostamente desviados estão joias, relógios e esculturas de alto valor, recebidos por Bolsonaro em eventos oficiais como representante do Estado brasileiro. Esta lista converteu-se em peça-chave nas investigações da Polícia Federal sobre a ocorrência de possíveis atos ilícitos, culminando no indiciamento de Bolsonaro e outras dez pessoas, incluindo seu ex-assessor Mauro Cid.
Reações nas redes sociais e entre o público
As postagens em redes sociais também refletiram a polarização vista. Flávio Bolsonaro usou a plataforma X para denunciar o que chama de “perseguição descarada”. Eduardo Bolsonaro, outro filho e deputado, ecoou as críticas ao compartilhar a postagem do irmão, amplificando a mensagem contra o indiciamento.
A postura defensiva dos envolvidos sugere um cenário tenso e dividido. Fábio Wajngarten, outro acusado, declarou-se injustiçado e denunciou o que considera um “lawfare de natureza política”, planejando recorrer às instâncias judiciais necessárias para garantir seus direitos.