Nessa quarta-feira (3), a comunidade de Valinhos, em São Paulo, foi abalada por uma notícia perturbadora envolvendo Agnaldo Roberto Betti, pastor conhecido localmente. Após uma série de investigações, as autoridades prenderam Betti em flagrante enquanto ele, supostamente, compartilhava vídeos de exploração infantil através de um aplicativo. O ato foi interrompido pelos agentes antes que ele conseguisse deletar qualquer evidência.
Segundo informações do g1, Betti, que já possuía uma vasta audiência em seus canais digitais, incluindo um canal no YouTube onde ensina lições bíblicas, enfrenta agora a justiça. A EPTV, filiada da TV Globo, buscava comentários da defesa do pastor, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta. Este arresto joga luz sobre comportamentos contraditórios aos valores que ele pregava.
Qual foi a reação da comunidade eclesiástica?
A Assembleia de Deus Ministério Belém, congregação a qual Betti estava associado, expressou veemente repúdio ao ato. Através de um comunicado, a igreja afirmou que o pastor foi suspenso tanto de seu cargo quanto do rol de membros até que os fatos sejam completamente investigados e esclarecidos.
Investigação e Medidas Legais
De acordo com a Polícia Federal, este não é o primeiro envolvimento de Betti com atividades criminosas dessa natureza. Ele já havia sido indiciado anteriormente pelo mesmo delito de disseminação de pornografia infantil. No curso da Operação Escudo da Inocência, Betti foi capturado e levado para a Delegacia da Polícia Federal. Posteriormente, ele foi encaminhado ao sistema penitenciário, aguardando processo na 9ª Vara Federal de Campinas.
Apesar de ser uma figura proeminente em ensinamentos bíblicos online, Betti já vinha afastado de suas obrigações pastorais na sede central desde 2017, optando por um ministério itinerante. Esse fato foi confirmado pelo posicionamento oficial da igreja. A direção da Assembleia de Deus em Campinas também lamentou profundamente o incidente e prestou solidariedade às famílias das vítimas e ao próprio núcleo familiar de Betti.
A gravidade dos atos atribuídos ao pastor Agnaldo Betti desafia a sua imagem pública e deixa a comunidade local chocada. Fica a expectativa para os próximos capítulos deste caso que, além de uma questão legal, torna-se um episódio de reflexão sobre confiança e integridade dentro de instituições geralmente respeitadas.
O que diz a igreja?
A instituição afirmou que desconhecia qualquer tipo de investigação envolvendo o pastor. Veja a nota:
A Diretoria da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Ministério do Belém em Campinas/SP, vem a público, em face das notícias veiculadas nesta data sobre a prisão de Agnaldo Roberto Betti, sob suspeita de compartilhamento de pornografia infantil, esclarecer que repudia, veementemente, qualquer comportamento que contrarie os princípios e regras de fé da Bíblia Sagrada e, especialmente, que implique em violação da infância.
Esclarece, ainda, que o envolvido, apesar de integrar o quadro de membros e do vínculo eclesiástico como Ministro do Evangelho da IEADCAMP, já não atua com funções pastorais, seja no templo sede ou em suas filiais, desde março de 2017, tendo optado por exercer um ministério pessoal itinerante, mantendo, ainda, um canal particular na internet, com milhares de seguidores.
Também esclarece que a IEADCAMP, por sua Diretoria, desconhecia qualquer investigação ou indiciamento anteriormente aos fatos hoje divulgados.
Em vista da prisão e notícias veiculadas, informa que o envolvido está suspenso do rol de membros e do cargo eclesiástico, até que se apure definitivamente os fatos, aguardando-se a devida atuação das autoridades policiais e judiciais competentes, resguardado o direito de defesa e contraditório, inclusive em procedimento administrativo que deverá tramitar nos órgãos jurídico e eclesiástico da IEADCAMP, na forma do seu Estatuto.
Por fim, a Diretoria da IEADCAMP solidariza-se com as vítimas dos fatos anunciados, bem como com a família do envolvido, que também é vitimizada pela conduta ora revelada, conclamando que os mantenhamos a todos em nossas orações.