Em 3 de julho, o Ministério Público da Alemanha confirmou que os dois homens acusados de chantagear a família de Michael Schumacher estavam em posse de fotos recentes do ex-piloto e seus familiares. A detenção ocorreu em 19 de junho, no estacionamento de um mercado na cidade de Gross-Gerau.
A suspeita de chantagem aumentou quando se constatou que as imagens eram recentes e retratavam a família do heptacampeão mundial de Fórmula 1 em um ambiente privado. As autoridades mantêm as investigações em andamento, mas detalhes não foram divulgados para não prejudicar o processo. A família Schumacher ainda não se pronunciou sobre o caso.
Os acusados, pai e filho com 53 e 30 anos, respectivamente, entraram em contato com funcionários da família Schumacher, alegando possuir imagens que os familiares prefeririam não ver publicadas. A dupla teria exigido um valor milionário para não divulgar as fotos na internet e chegou a enviar cópias como prova.
Wolf-Tilman Baumert, um dos promotores envolvidos no caso, afirmou que, se condenados, os acusados podem enfrentar multa ou até cinco anos de prisão. O pai e o filho já haviam sido investigados por suspeita de envolvimento em outros crimes.
Essa não é a primeira vez que a família Schumacher é alvo de chantagem. Em 2017, um homem de 25 anos exigiu 900 mil euros (aproximadamente R$ 5,4 milhões, pela taxa de câmbio atual) da esposa do ex-piloto, Corinna Schumacher, ameaçando a integridade física dos filhos do casal. Ele foi condenado a 21 meses de prisão com pena suspensa.
Desde o acidente de esqui nos Alpes Franceses em 29 de dezembro de 2013, Michael Schumacher vive em reclusão e não foi mais visto publicamente. A família mantém em sigilo informações sobre seu estado de saúde, tornando-o um dos maiores mistérios do esporte atual.