O furacão Beryl ganhou força e alcançou a categoria 5 no Atlântico, tornando-se o mais precoce já registrado. Ele está atravessando o Caribe após causar estragos nas Ilhas de Barlavento, um grupo de ilhas na América do Norte, onde pelo menos uma pessoa perdeu a vida.
Esta é apenas a segunda vez que um furacão do Atlântico atinge a categoria 5 em julho. A última vez foi em 2005, quando o furacão Emily alcançou esse status em 17 de julho, de acordo com o Centro Nacional de Furacões (NHC).
Mais Imagens dos danos causados pelo furacão Beryl em um dos portos de Barbados. pic.twitter.com/EKlmKZR1b3
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“Union Island, São Vicente e #Granadinas após a passagem do furacão #Beryl “
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🔴 MUNDO | Um monstro no Caribe. #Beryl se transforma no furacão categoria 5 mais precoce da história e avança para a Jamaica e a região de Cancún com força devastadora. ▶️ https://t.co/iP1gdWFdvd pic.twitter.com/lNDd6ommQ0
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Os ventos máximos sustentados de Beryl aumentaram para cerca de 257 km/h, com rajadas ainda mais fortes, segundo o NHC.
O furacão deve manter sua intensidade enquanto se move em direção ao Caribe central e passa perto da Jamaica na quarta-feira. Beryl atingiu a costa na Ilha Carriacou de Granada, no Mar do Caribe, com ventos máximos de aproximadamente 241 km/h. Esse é o furacão mais forte já registrado nas Granadinas, de acordo com dados da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) desde 1851.
Relatos generalizados de destruição e devastação chegaram de Carriacou e Petite Martinique, conforme anunciado pelo Primeiro-Ministro de Granada, Dickon Mitchell, em uma coletiva de imprensa na segunda-feira. Embora não haja relatos imediatos de mortes ou feridos em Granada, Mitchell alertou que a situação pode mudar.
São Vicente e Granadinas também sofreram danos significativos, com centenas de casas e prédios afetados. Pelo menos uma morte foi relatada lá. Partes dessas ilhas ficaram sem água e eletricidade na noite de segunda-feira.
O furacão Beryl está deixando um rastro de destruição e sofrimento em toda a região. Union Island, ao norte de Granada, foi devastada, com relatos indicando que 90% das casas foram severamente danificadas ou destruídas.
Em Granada, cerca de 95% da ilha ficou sem energia devido ao impacto do furacão. As telecomunicações estão inativas, e algumas pessoas perderam o serviço de internet. Todas as escolas e empresas estão fechadas, exceto hospitais e a força policial nacional.
A chegada precoce de Beryl marca o início da temporada de furacões no Atlântico. No domingo, ele se tornou o primeiro furacão de categoria 4 registrado no Oceano Atlântico em junho.
As águas oceânicas anormalmente quentes, resultado do aquecimento global causado pela poluição por combustíveis fósseis, contribuíram para o fortalecimento alarmante de Beryl. O especialista em furacões Jim Kossin, da organização sem fins lucrativos First Street Foundation, observa que o oceano está tão quente agora quanto normalmente estaria no auge da temporada de furacões.
Kossin acrescenta que o calor oceânico que impulsiona o fortalecimento sem precedentes de Beryl tem “uma impressão digital humana”. Ou seja, as mudanças climáticas estão desempenhando um papel significativo nesse cenário extremo.