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O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), destinou R$ 960 mil para a construção de um terminal lagunar em Barra de São Miguel, cidade no litoral de Alagoas administrada por seu pai, Benedito de Lira (PP-AL). No entanto, nem o prefeito da cidade, nem os moradores, têm conhecimento sobre o empreendimento. As informações são do UOL.
Quando questionado sobre a obra, o prefeito Benedito de Lira afirmou que não tinha informações e pediu para que “esquecessem isso”. Esse relato foi feito durante o episódio de estreia do podcast “A Hora”, apresentado por Thais Bilenky e José Roberto de Toledo, e produzido pelo UOL.
Descrição e justificativa do projeto
O documento que justifica a emenda parlamentar descreve o terminal lagunar como um empreendimento destinado a atrair turismo e incentivar o comércio local. O projeto prevê a construção de calçadas, iluminação e sistema de drenagem. Além disso, o espaço seria usado para eventos de lazer, entretenimento e celebrações, oferecendo uma área ampla e diversificada.
Situação atual do projeto
A assessoria de Arthur Lira informou o endereço planejado para a construção do terminal lagunar e afirmou que a análise de engenharia do projeto básico foi iniciada pela Caixa Econômica Federal, mas está aguardando a complementação de documentos.
Outras emendas destinadas à cidade
Outra emenda de Arthur Lira, no valor de R$ 432,6 mil, prevê a construção de um mirante em Barra de São Miguel. Aprovada em 2022, a área destinada ao mirante atualmente está sem manutenção, acumulando lixo, restos de coco e cercas quebradas.
Embora a emenda já tenha sido aprovada pela Caixa, ainda aguarda a licitação pela prefeitura. A gestão de Benedito de Lira afirmou que realizará a licitação e que os recursos estão disponíveis.
Declaração da assessoria de Arthur Lira
A assessoria do presidente da Câmara afirmou que a equipe de Arthur Lira acompanha a situação das emendas apresentadas por ele como representante de Alagoas, conforme evidenciado pelas informações repassadas.
Essas destinações de recursos, contudo, levantam questões sobre a transparência e o conhecimento dos projetos entre os gestores e a população local.