A busca por eficiência administrativa tem sido uma prioridade para o Ministério da Previdência Social, que, através de intensas revisões nos pagamentos de benefícios, declara uma economia significativa já no início deste ano. Segundo informações divulgadas recentemente, a pasta conseguiu economizar cerca de R$ 750 milhões até meados de maio através do combate a fraudes e correções de erros no sistema.
O ministro Carlos Lupi, em recente entrevista, compartilhou uma previsão otimista de triplicar este montante até o final do ano, o que elevaria a economia total para impressionantes R$3 bilhões. Este resultado seria fruto de uma gestão focada no aprimoramento do processo de concessão e fiscalização de benefícios previdenciários e assistenciais.
Como o ministério planeja alcançar estes números?
No cerne dessa estratégia, encontra-se o pente-fino realizado em auxílios como aposentadoria e pensão, além de benefícios como o auxílio-doença. Desde janeiro, já foram suspensos cerca de 30,9 mil benefícios previdenciários, resultando em uma economia de R$ 459,3 milhões, juntamente com 26,7 mil assistenciais, que totalizaram R$ 290,4 milhões em economias.
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Quais são as próximas etapas para ampliar essas economias?
Para atender às crescentes expectativas e pressões por uma melhor gestão dos fundos públicos, o governo planeja dobrar o número de servidores envolvidos nos esforços de revisão dos benefícios. Além disso, a implementação do sistema Atestmed, que virtualiza a solicitação do auxílio-doença, já demonstrou uma redução nas filas e custos associados, fomentando uma economia de R$ 1,1 bilhão desde sua implementação.
No entanto, apesar dos números promissores e das iniciativas em curso, especialistas como Fábio Giambiagi, pesquisador da FGV, expressam ceticismo quanto às projeções futuras e criticam o que chamam de “apagão estatístico”, apontando a falta de atualizações regulares e detalhadas sobre as ações do ministério.
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Pode o ministério da previdência manter essa trajetória de economia?
O caminho para alcançar esses ambiciosos objetivos está repleto de desafios, tanto operacionais quanto de percepção pública. A necessidade de transparência e consistência na divulgação de dados é crucial para manter a confiança na gestão dos recursos. Mesmo assim, segundo Lupi, espera-se que essas iniciativas contribuam substancialmente para uma economia de até R$ 30 bilhões até 2025, um marco importante para a sustentabilidade financeira do país.
Resta-nos acompanhar os próximos capítulos desta iniciativa de economia, esperando que os planos de ação não apenas contemplem os números, mas também assegurem um sistema de Previdência mais justo e eficaz para todos os brasileiros.