O Congresso Nacional terá, a partir do próximo ano, uma bancada feminina menor no Senado Federal e maior na Câmara dos Deputados. O balanço decorre do número de parlamentares eleitas durante as votações ocorridas nesse domingo (2/10), data que marcou o primeiro turno das eleições.
Em 2023, a bancada feminina da Câmara contará com aumento de 18% das vagas, totalizando 91 deputadas. Em 2018, ano da eleição para a atual legislatura, os brasileiros elegeram 77 parlamentares – 14 a menos do que o número de eleitas neste ano.
Em nove estados, foram as mulheres que lideraram a corrida por uma vaga na Câmara, concentrando o maior número de votos do eleitorado. São elas:
- Bia Kicis (PL-DF), com 214.733 votos
- Daniela do Waguinho (União-RJ), com 213.706 votos
- Caroline de Toni (PL-SC), com 227.632
- Natália Bonavides (PT-RN), com 157.549 votos
- Yandra de André (União-SE), com 131.471 votos
- Silvye Alves (União-GO), 254.653 votos
- Alessandra Haber (MDB-PA), com 258.907 votos
- Socorro Neri (PP-AC), com 25.842 votos
- Detinha (PL-MA), com 161.206 votos
Apesar do crescimento, o desempenho ainda é baixo, se compararmos o percentual de representatividade entre homens e mulheres. Das 513 cadeiras da Câmara, apenas 17,7% serão ocupadas por mulheres. Hoje, essa representação corresponde a, apenas, 15% do total.
Assim como no cenário geral, o PL, do presidente Jair Bolsonaro, e o PT, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, serão os partidos com mais mulheres na composição da Câmara. A sigla do atual presidente elegeu 21 parlamentares, enquanto 17 petistas obtiveram êxito nas urnas.
Pela primeira vez na história, a Câmara dos Deputados terá deputadas trans. Erika Hilton (PSol-SP) e Duda Salabert (PDT-MG) registraram votações recordes nos seus estados e irão representar os dois maiores colégios eleitorais na Casa.
Senado tem queda
Em contrapartida, o Senado Federal terá menos mulheres durante os próximos anos. Atualmente, a Casa Alta do Congresso Nacional contabiliza 10 senadoras titulares. Desse total, seis irão se manter no cargo até 2027.
Elas se somam a quatro parlamentares eleitas neste ano: Damares Alves (Republicanos-DF), Professora Dorinha (União-TO), Teresa Leitão (PT-PE) e Tereza Cristina (PP-MS). Elas conseguiram, cada, uma das 27 vagas em disputa.
Em 2018, quando havia 54 cadeiras disponíveis, foram sete senadoras eleitas.
O número, contudo, pode aumentar, caso Jorginho Mello (PL), que é senador, consiga se eleger governador por Santa Catarina. Assim, a suplente Ivete da Silveira (MDB-SC) assumiria o cargo, aumentando para 11 o número de mulheres.
Créditos: Portal Metrópoles.