Igor Viana, de 24 anos, conhecido nas redes sociais como “Pai da Soso” e “servo do Deus vivo”, está sob investigação por supostamente desviar doações destinadas aos cuidados de sua filha de 2 anos, que possui paralisia cerebral.
⏯️Influenciador chama doadores de “trouxas” e reclama de filha: "vontade de largar no orfanato"
— Metrópoles (@Metropoles) June 25, 2024
O influenciador Igor Viana, de 24 anos, afirmou não ter culpa de doadores serem “trouxas”. O nome do jovem ganhou repercussão na internet após virem à tona informações sobre ele… pic.twitter.com/1q1h8V6Wmr
Em áudios e mensagens obtidos pela Polícia Civil de Goiás e enviados ao UOL, Igor chamou os seguidores que doaram de “trouxas”. Ele alega que não considera ter desviado o dinheiro, afirmando que não é obrigado a usá-lo especificamente para a filha, pois também tem suas próprias necessidades.
O pai ainda disse que tem vontade de largar a filha no orfanato. ”Minha filha tem paralisia cerebral, mas ela é super chata. Não imaginava que uma criança que tem 10% do cérebro funcionando fosse tão chata e pudesse me dar tanto problema”, acrescentou.
Além disso, o influenciador é suspeito de maus-tratos à criança, tendo sido denunciado por seu tratamento inadequado nos vídeos compartilhados nas redes sociais. A delegada responsável pelo caso, Aline Lopes, destaca que o modo como Igor se refere à filha pode caracterizar crime de maus-tratos.
A mãe da menina também está envolvida na investigação. Há informações de que ela teria usado parte do dinheiro das doações para fazer intervenções estéticas no corpo. Igor e a ex-companheira, que trabalham com internet, seriam os principais beneficiários desses recursos, desviando-os para uso pessoal. O Conselho Tutelar de Anápolis proibiu Igor de exibir a filha nas redes sociais, e um acordo informal entre os pais determinou que a criança moraria com o pai.
Igor e a ex-companheira serão intimados a depor para prestar esclarecimentos sobre as denúncias feitas contra eles. Os dois são suspeitos de constrangimento de menor, estelionato, discriminação à pessoa com deficiência e apropriação de bens proventos de pessoa com deficiência.