Ao adormecer, muitos de nós já experimentaram a sensação repentina de queda, como se estivéssemos caindo da cama. Esse fenômeno tem um nome: “espasmo hípnico”, também conhecido como “sobressalto do sono” ou “mioclonia noturna”.
O espasmo hípnico é desencadeado por movimentos musculares involuntários que ocorrem durante a transição entre a vigília e o sono leve, conhecido como estado hipnagógico. Geralmente, esse espasmo está associado a alucinações visuais, como a sensação de cair de um muro em um sonho.
Mas o que causa esse espasmo? Quando nosso corpo relaxa profundamente em preparação para o sono, o cérebro pode interpretar erroneamente essa sensação como uma queda real, ativando o reflexo de sobressalto para nos trazer de volta à plena consciência. Alguns cientistas acreditam que esse reflexo evoluiu para alertar nossos ancestrais quando relaxavam demais e dormiam em locais perigosos.
Outra teoria sugere que conflitos cerebrais podem estar envolvidos. O sistema responsável por nos manter acordados pode entrar em atrito com o mecanismo que induz o sono.
Mas afinal, sentir-se como se estivesse caindo da cama é normal? Sim, experimentar espasmos hípnicos não é anormal nem motivo de preocupação. No entanto, o consumo de estimulantes e o estresse podem agravar esses episódios.
Para reduzir os espasmos noturnos, considere as seguintes medidas:
- Cuide da qualidade do sono: Mantenha uma rotina regular de sono e crie um ambiente propício para o descanso.
- Evite atividade física antes de dormir: Exercícios intensos próximos à hora de dormir podem aumentar a probabilidade de espasmos.
- Busque métodos de relaxamento: Práticas como meditação e respiração profunda podem ajudar a diminuir o estresse.
- Trate distúrbios do sono: Se você sofre de ansiedade ou outros distúrbios, consulte um especialista.
- Evite cafeína e estimulantes: Essas substâncias podem interferir no sono.
Em casos mais intensos, consulte um médico especialista em sono. A polissonografia, um exame realizado enquanto a pessoa dorme, pode ajudar a avaliar a atividade cerebral e identificar possíveis distúrbios do sono.