Na noite de segunda-feira (24), os desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) decidiram, por unanimidade, negar o pedido de habeas corpus da defesa de Eurípedes Júnior, presidente licenciado do partido Solidariedade.
Eurípedes está detido desde 15 de junho, quando se entregou à Polícia Federal após ser considerado foragido. O procurador eleitoral Zilmar Antônio Drummond destacou que o caso envolve diversos fatos, incluindo organização criminosa, apropriação indébita, falsidade eleitoral e lavagem de dinheiro.
O relator do caso, desembargador Renato Guanabara Leal, ressaltou que as evidências indicam que Eurípedes geria o partido como um bem particular, obtendo enriquecimento ilícito pessoal e familiar. A prisão preventiva foi mantida para preservar a ordem pública e as provas coletadas.
O advogado Fábio Tofic argumentou que os fatos narrados pela PF são datados em 2021, mas o entendimento do Tribunal Superior Eleitoral não justificaria a prisão preventiva. No entanto, os magistrados votaram pela permanência da prisão.
Eurípedes é apontado pela PF como líder de uma organização criminosa suspeita de desviar pelo menos R$ 36 milhões dos fundos eleitoral e partidário para fins pessoais, incluindo a compra de helicóptero e viagens internacionais.