Uma tradição observada no Supremo Tribunal Federal chamou a atenção nas redes sociais na semana passada, viralizando amplamente: o papel dos assessores dos ministros em puxar as poltronas para que cada magistrado se sente antes das sessões de julgamento no plenário.
A cena que se destacou ocorreu na quarta-feira (19 de junho de 2024), antes do início do julgamento da ação sobre a reforma da Previdência. Os assessores ficam perfilados atrás das cadeiras, aguardando os ministros. Conhecidos como “capinhas” devido ao uniforme que usam, eles ajudam os ministros a se sentarem e se aproximarem da bancada do plenário.
Esse gesto reverencial é uma tradição no STF. Na última quarta-feira, chamou a atenção que Alexandre de Moraes foi o único a dispensar o serviço, sentando-se sozinho em sua poltrona, sem assistência.
A cena foi amplamente compartilhada nas redes sociais, incluindo X (ex-Twitter), LinkedIn e outras plataformas. O contexto atual mostra uma crescente animosidade de parte dos eleitores em relação ao STF nos últimos anos, uma dinâmica que se intensificou durante o governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), período marcado por conflitos entre o governo e os magistrados do Supremo.
Cada detalhe das ações dos 11 ministros agora é observado de perto pelo público. A repetição dessa cena tradicional – os assessores auxiliando os ministros a se sentarem – ganhou destaque nas redes sociais apenas recentemente, refletindo a persistência do clima de tensão em relação à Corte mesmo após o término do governo Bolsonaro há um ano e meio.