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Se a prolongada discussão sobre a construção do estádio do Flamengo fosse uma série, poderia-se dizer que a primeira temporada termina amanhã: será publicado no Diário Oficial do Rio de Janeiro nesta segunda-feira o decreto de desapropriação do terreno do Gasômetro pela prefeitura carioca. O local, com 88,3 mil m², pertence a um fundo de investimentos gerido pela Caixa. As informações são de O Globo.
Há mais de um ano, o clube e o banco não conseguem chegar a um acordo sobre o valor do terreno. O Flamengo quer pagar R$ 250 milhões, enquanto a Caixa avalia o terreno em três vezes esse valor. Devido a esse impasse, o prefeito Eduardo Paes ameaçou com a possibilidade de desapropriação, que se concretizará amanhã.
O terreno desapropriado será leiloado. Embora as condições do leilão ainda não sejam públicas, o decreto estabelece “a obrigatoriedade de implementação de equipamentos específicos” — ou seja, a construção de um estádio. A prefeitura indenizará a Caixa com um valor entre R$ 146 milhões e R$ 176 milhões, que deve ser o valor mínimo do leilão.
Essas decisões foram tomadas em uma reunião na última segunda-feira entre Rodolfo Landim, Paes e o deputado Pedro Paulo (que deverá ser o candidato a vice-prefeito nas próximas eleições). O Flamengo aceitou atender algumas exigências de Paes, incluindo a instalação de um centro de convenções no estádio, que, segundo os planos do Flamengo, será o maior do Brasil — com capacidade para 80 mil espectadores, um pouco maior que o Maracanã, que acomoda 78.838 pessoas.