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Na certidão de nascimento, expedida com a data de 17 de agosto de 1941, constava o nome de Reynaldo Luiz Antonucci. Mas foi como Ronald Antonucci, integrante da dupla Os Vips, que o cantor paulistano fica na história do pop brasileiro produzido na década de 1960.
Em cena desde 1964, ano em que Ronald formou a dupla com o irmão caçula Márcio Augusto Antonucci (23 de agosto de 1945 – 20 de janeiro de 2014), o artista morreu na madrugada deste sábado, 22 de junho de 2024, aos 82 anos.
Comunicada pela família em nota de pesar, a morte também foi confirmada pelo sobrinho, o fotógrafo Bruno Antonucci, em rede social. “Saber que meu tio Ronald Antonucci nos deixou é triste, mas quero pensar que ele e meu pai estão juntos cantando em outros palcos, lá do outro lado”, escreveu Bruno, filho de Márcio Antonucci, cantor morto há dez anos, sem revelar a causa da morte de Ronald.
Como integrante d’Os Vips, dupla batizada com o nome de filme norte-americano de 1963, Ronald Antonucci viveu o auge artístico nos anos 1960 dentro do universo da Jovem Guarda.
A primeira gravação da dupla foi feita há 60 anos, em 1964, quando Márcio e Ronald registraram a música Tonight para o disco coletivo No reino da juventude.
Os Vips lançaram os primeiros singles em 1965 pela gravadora Continental, na qual permaneceram até 1967, indo na sequência para a gravadora CBS. Em um destes seminais singles de 1965, a dupla lançou música então inédita de Roberto Carlos e Erasmo Carlos (1941 – 2022), Emoção, também incluída no primeiro álbum da dupla, Os Vips (1965).
Em fevereiro de 1966, o lançamento de single com outra música inédita de Roberto e Erasmo, A volta, consolidou a carreira da dupla. A volta se tornaria uma dos maiores sucessos d’Os Vips ao lado de Faça alguma coisa pelo nosso amor (1967) – outra canção de Roberto e Erasmo – e de Largo tudo e venho te buscar (1968), esta uma canção composta somente por Roberto Carlos.
Embora conhecida na voz de Roberto por conta da gravação feita pelo cantor para álbum editado em 1974, a canção É preciso saber viver (Roberto Carlos e Erasmo Carlos) foi outro presente do Rei da juventude para Os Vips, tendo sido apresentada – em single editado pela gravadora CBS em dezembro de 1968 – nas vozes de Márcio e Ronald Antonucci.
Mesmo após o fim da Jovem Guarda, em 1968, Roberto e Erasmo continuaram fornecendo repertório para Os Vips, que lançaram músicas da dupla como Que bobo fui (1969) e Não adianta ficar me esperando (1970).
Em meados dos anos 1970, a dupla foi desativada após fazer gravações lançadas sem repercussão entre 1971 e 1973. Mas voltaria à cena na década de 1990 com shows e discos calcados na nostalgia da Jovem Guarda, reverberando a música daquele reino da juventude no qual Márcio Antonucci e Ronald Antonucci foram Vips.
Capa do primeiro álbum da dupla Os Vips, lançado em 1965 — Foto: Reprodução
Créditos: G1.