O prefeito de Barcelona, Jaume Collboni, anunciou que a cidade pretende banir a autorização para aluguéis turísticos de curta temporada nos próximos cinco anos. A medida afetará os cerca de 10,1 mil apartamentos e casas atualmente alugados por meio de plataformas como Airbnb e Homeaway.
Segundo informações do Estadão e AFP, Collboni explicou que essas unidades serão destinadas aos moradores locais, o que equivale à construção de mais de 10 mil novas residências. O prefeito justificou a medida como uma resposta à escassez habitacional na cidade e aos altos preços dos imóveis.
“A cidade não pode permitir o uso tão elevado de apartamentos para atividades turísticas em um momento de dificuldade no acesso à habitação e quando são evidentes os efeitos negativos da superlotação turística”, afirmou Collboni.
Barcelona, uma das cidades mais visitadas da Europa, segue o exemplo de outras metrópoles como Berlim e Paris, que também têm enfrentado críticas e tentativas de regulamentação dos aluguéis turísticos devido aos impactos no mercado habitacional. Nos Estados Unidos, grandes cidades também têm implementado restrições semelhantes.
O prefeito destacou que os apartamentos turísticos contribuíram para aumentos significativos nos preços dos aluguéis (68%) e na compra de imóveis (38%) na cidade.
Anteriormente, na gestão de Ada Colau, antecessora de Collboni, Barcelona já havia suspendido a concessão de novas licenças para apartamentos turísticos e proibido a abertura de novos hotéis nas áreas mais populares da cidade.