Foto: Jonathan Borba
A Amazon está considerando cobrar entre US$ 5 e US$ 10 mensais (aproximadamente R$ 25 a R$ 50) por uma versão premium de seu assistente virtual Alexa, atualmente operando com prejuízo, segundo a Reuters. A reformulação, chamada internamente de “Banyan,” introduzirá uma IA generativa em dois níveis de serviço. Este projeto representa a primeira grande reestruturação do assistente de voz desde seu lançamento em 2014, junto com a linha de alto-falantes Echo.
A nova versão do assistente, chamada “Remarkable Alexa,” deverá ser lançada até agosto, em resposta à pressão do CEO da Amazon, Andy Jassy, que demonstrou interesse pessoal no projeto. A versão gratuita atual, chamada internamente de “Alexa Clássica,” será substituída pela nova IA. A versão premium, que custará pelo menos US$ 5 (R$ 25) por mês, oferecerá funcionalidades mais avançadas, como composição de e-mails, pedidos de comida via Uber Eats, e comandos mais integrados, eliminando a necessidade de dizer “Alexa” repetidamente durante uma conversa, além de oferecer maior personalização.
Apesar das melhorias, alguns funcionários questionam se os clientes estarão dispostos a pagar por um serviço atualmente gratuito. A reformulação ocorre em um momento crítico para a Amazon, que busca se manter competitiva no campo da IA generativa, dominado por rivais como Google, Microsoft e OpenAI.
A integração da nova IA no serviço Alexa é vista como essencial para demonstrar a capacidade do assistente de gerar vendas significativas para a Amazon, especialmente após um corte de milhares de empregos no final de 2023 como parte de uma grande reestruturação. Desde seu lançamento, Alexa tem sido popular para tarefas simples, como definir alarmes e acessar previsões meteorológicas, mas as esperanças da Amazon de impulsionar as vendas em seu negócio de e-commerce através do assistente não se concretizaram. O novo serviço premium visa mudar esse cenário, tornando o Alexa um assistente mais proativo e pessoal, com integração em mais de meio bilhão de dispositivos habilitados para Alexa em todo o mundo.
O “Banyan” pode ser a última chance para o assistente virtual da Amazon provar seu valor econômico e se estabelecer como uma ferramenta essencial na vida cotidiana dos consumidores. A Amazon do Brasil ainda não definiu quando lançará uma versão paga do serviço Alexa.