Uma câmera de segurança capturou o momento em que uma mulher sedada foi vítima de estupro na clínica de saúde mental onde estava internada em Camaragibe, no Grande Recife.
🚨BRASIL: Mulher sedada sofre estupro em clínica de saúde mental no Recife.
— CHOQUEI (@choquei) June 19, 2024
A câmera de segurança registrou o momento em que a mulher foi estuprada. Ela tem 30 anos e estava internada para tratar uma crise de depressão. O suspeito está foragido. pic.twitter.com/ACAa5ijQiG
As imagens mostram um homem, que atuava como vigilante no local, colocando a mão por baixo do lençol que cobria a paciente. De acordo com a família, o criminoso, indiciado por estupro no início de junho, permanece foragido sete meses após o crime.
O incidente ocorreu na madrugada de 17 de novembro do ano passado, no Hospital Reluzir, em Aldeia. As informações foram divulgadas pelo Jornal do Commercio e confirmadas pelo g1. A unidade de saúde, ao ser procurada, informou que o segurança trabalhou no estabelecimento por dois meses e foi posteriormente demitido. No entanto, o nome dele não foi divulgado.
Segundo a advogada Maria Eduarda Albuquerque, que representa a família da paciente, a mulher, de 30 anos, estava internada na clínica particular para tratar uma crise de depressão.
As imagens, obtidas pelo g1 na terça-feira (18), mostram o vigilante vestido com uniforme e colete mexendo na paciente, que estava sozinha na sala, deitada em uma cama. Após tocar diferentes partes do corpo da vítima, o segurança deixou o local.
Maria Eduarda Albuquerque relatou que a mulher fechou os olhos e “queria que aquilo acabasse”. Além de ter sido estuprada, a paciente permaneceu sozinha na sala, e a família só foi informada horas depois do crime, com instruções para comparecer à clínica na manhã seguinte.
“É uma série de atrocidades nesse caso”, afirmou a advogada, destacando o medo da paciente e a falta de suporte da clínica à família.
A Polícia Civil concluiu o inquérito, indiciando o vigilante pelo crime de estupro, e encaminhou o caso ao Ministério Público de Pernambuco (MPPE). Até a última atualização desta reportagem, não havia informações sobre a captura do indiciado.
Resposta do Hospital Reluzir
Procurada pelo portal g1, a direção do Hospital Reluzir enviou uma nota informando que:
- Desde que tomou conhecimento do caso, deu apoio à vítima e à família, além de colaborar com a polícia para investigar o crime;
- O estupro aconteceu na madrugada, mas a clínica só soube do crime pela manhã, durante uma consulta de rotina com a paciente;
- Checou imediatamente as gravações das câmeras e, ao verificar a situação, encaminhou o caso à Delegacia de Camaragibe;
- Ligou para os familiares da vítima pedindo que fossem ao hospital para conversar com a coordenação e a paciente, mas a mãe e o padrasto dela só estavam disponíveis no dia seguinte pela manhã;
- O segurança trabalhava no local havia dois meses e cumpria uma jornada de 12 horas por 36, saindo da clínica às 7h;
- O vigilante foi demitido no mesmo dia do crime e repassou às autoridades policiais todos os endereços e telefones dele;
- Lamenta profundamente o ocorrido e se coloca à disposição da Polícia Civil e da Justiça para que o caso seja devidamente solucionado.